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Estado de Minas 30 ANOS DE CONFINS

Decis�o dos governos e constru��o da Linha Verde d�o impulso a Confins


postado em 03/01/2014 00:12 / atualizado em 03/01/2014 07:39

Nova ligação viária entre o Centro de BH e o terminal em Confins facilitou o acesso e reduziu o tempo de viagem (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Nova liga��o vi�ria entre o Centro de BH e o terminal em Confins facilitou o acesso e reduziu o tempo de viagem (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

No dicion�rio, Confins � um lugar muito longe, um fim de mundo. Na pr�tica, os 42 quil�metros que separam Belo Horizonte e o aeroporto internacional por muito tempo foram um complicador para os passageiros e para que se efetivasse a demanda projetada para o substituto do aeroporto da Pampulha. Com isso, os defensores do fim das restri��es operacionais ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves tinham pela frente o desafio de encurtar o tempo gasto no trajeto e convencer o governo federal a descartar o projeto de amplia��o do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o que significaria um xeque-mate em Confins.

Operando h� dois anos com n�mero de passageiros acima da sua capacidade operacional, Confins n�o lembra em quase nada o aeroporto que foi no passado. Antes de viajar de avi�o, era preciso uma viagem de carro at� o terminal. Em muitos casos, o trecho de terra demorava mais que o a�reo. Por exemplo, at� as capitais de S�o Paulo e do Rio de Janeiro, o voo durava menos de uma hora, enquanto rumo ao aeroporto o tempo podia ser at� 30 minutos superior. “N�o foi feita uma via expressa � �poca da constru��o. Isso revela a improvisa��o da nossa infraestrutura”, critica o subsecret�rio de Investimentos Estrat�gicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico, Luiz Ant�nio Athayde.

� �poca da posse do presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em 2003, o Pal�cio do Planalto se mostrava disposto a aumentar a capacidade do terminal da Pampulha para 5,5 milh�es de passageiros por ano. Um segundo terminal seria constru�do no lugar dos hangares de avi�o geral para quase quadriplicar o limite operacional. Do outro lado, ao assumir o governo de Minas, A�cio Neves tinha em m�os um ambicioso plano, elaborado ainda no governo Eduardo Azeredo, para retomar o aeroporto que leva o nome de seu av�, transformando-o em eixo estrat�gico do desenvolvimento do estado.

A mudan�a de rumo teria in�cio em agosto de 2004, 20 anos depois de o aeroporto entrar em opera��o. Depois de extenso debate, na Assembleia Legislativa e em outras frentes, finalmente o governo federal chegaria a acordo com o governo mineiro para que os voos de grande porte voltassem para Confins. Era a tentativa de fazer o “elefante branco” al�ar voo. No segundo dia da s�rie de reportagens sobre os 30 anos do aeroporto de Confins, o Estado de Minas mostra a reviravolta no fluxo de passageiros no aeroporto internacional, que, at� ent�o, com pista mais extensa e terminal com capacidade operacional tr�s vezes maior que o concorrente, era um cl�ssico exemplo de desperd�cio de dinheiro p�blico.

Primeiro veio a canetada do Pal�cio do Planalto que permitiu a transfer�ncia gradual de voos da Pampulha para Confins e menos de um ano depois seria a vez de o Pal�cio da Liberdade fazer sua parte, com o lan�amento do projeto da Linha Verde. A via r�pida era a promessa de diminuir em 20 minutos o tempo do percurso Pra�a Sete-aeroporto, reduzindo de uma hora para 40 minutos o tempo da viagem. Somado a isso, o projeto estabelecia investimentos para crescimento do chamado Vetor Norte da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte.

Em pouco tempo, a pol�tica conjunta de for�as voltada para o aeroporto mostraria resultados, com a Gol construindo seu centro de manuten��o de aeronaves no dom�nio do s�tio aeroportu�rio e a retomada dos voos internacionais, em 2008, com TAP e American Airlines criando rotas para Europa e Am�rica do Norte, respectivamente. Segundo o subsecret�rio de Investimentos Estrat�gicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econ�mico, Luiz Ant�nio Athayde, devido � maior facilidade de pouso no terminal metropolitano, as companhias a�reas tinham economia aproximada de US$ 500 por pouso em rela��o aos principais aeroportos do pa�s. A afirma��o s� refor�a os estudos feitos � �poca da constru��o do aeroporto, que projetavam redu��o de US$ 129 milh�es por ano com os gastos de combust�vel de avi�o.
 
MUDAN�A Faltando alguns meses para se completar o d�cimo ano da canetada decisiva para a mudan�a de rumo do aeroporto internacional, a situa��o hoje � oposta � vivida no per�odo em que o terminal era chamado de elefante branco. Confins teve movimenta��o 13,4 vezes superior � da Pampulha no ano passado. E os pap�is se inverteram: antes abandonado, hoje Confins luta para solucionar o problema de superlota��o, enquanto a Pampulha tem fluxo abaixo da capacidade.

Por dia, passam, em m�dia, 28 mil passageiros pelo Aeroporto Internacional Tancredo Neves, mais de quatro vezes a popula��o de Confins. N�o � toa, com a arrecada��o proveniente do terminal, o PIB per capita do munic�pio � o segundo maior do estado e quarto do pa�s, com R$ 256.466,16.

Em obras h� mais de dois anos, o terminal opera desde 2012 acima da capacidade limite, causando desconforto para os usu�rios. Aqueles que antes desfrutavam de cadeiras vazias no sagu�o e na sala de embarque, hoje disputam espa�o com os milhares de passageiros. E os repetidos atrasos na conclus�o da reforma aumentam os transtornos, devido � poeira e � limita��o da mobilidade no terminal.


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