O com�rcio chegou ao fim de 2013 mais propenso � abertura de novas vagas e pode voltar a ajudar o mercado de trabalho a ter um bom desempenho em 2014. A previs�o � que o segmento crie 351,5 mil novos postos de trabalho formais ao longo deste ano, segundo c�lculos do economista Fabio Bentes, da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens Servi�os e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado. O resultado representaria um avan�o sobre o ano passado, que deve ter fechado com a cria��o de 292 mil postos de trabalho.
Dados do �ndice de Confian�a do Empres�rio do Com�rcio (Icec), divulgados nesta sexta-feira, pela CNC, mostram que os empres�rios do setor aumentaram em 1,3% a perspectiva de contrata��o de novos funcion�rios em dezembro, na compara��o com o mesmo m�s do ano anterior.
No entanto, entre os empres�rios que declararam que v�o aumentar o n�mero de empregados, a maioria afirma que abrir� poucas vagas ponderou Bentes. "Na pesquisa, dois em cada tr�s empres�rios est�o dizendo que v�o contratar pouco. Eu leio esse dado como uma contrata��o condizente com esse aumento mais moderado nas vendas", disse Bentes.
A CNC estima que as vendas do com�rcio varejista aumentem entre 4% e 4,5% em 2013 em rela��o ao ano anterior. Em 2014, a expans�o esperada no volume vendido � de 5,5% a 6%. "Esse aumento esperado nas vendas provoca essa rea��o no varejo. O empres�rio vai investir de forma cautelosa na contrata��o de funcion�rios", avaliou o economista.
Bentes lembra que, em 2012, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist�rio do Trabalho apontaram que o com�rcio gerou 402 mil vagas formais. Em 2013, ainda faltam informa��es sobre as vagas geradas em dezembro, mas a CNC estima que o setor feche o ano com a cria��o de 292 mil vagas formais. "O que est� acontecendo � que muita gente est� migrando de outras atividades para o com�rcio, n�o s� da ind�stria, mas, principalmente, os empregados dom�sticos. Isso est� at� fazendo o sal�rio do com�rcio ter uma queda", contou Bentes.
Al�m da melhora na perspectiva de gera��o de vagas nos pr�ximos meses, o empres�rio do com�rcio tamb�m est� mais satisfeito com os estoques do setor. A avalia��o dos estoques evoluiu 1,4% em dezembro ante dezembro de 2012. "Esse foi o terceiro m�s de avalia��o favor�vel sobre os estoques. Quando o comerciante olha para o fundo da loja, ele v� os estoques evoluindo melhor do que ele planejava. Ele est� vendendo mais do que previa", explicou o economista da CNC.
Por outro lado, a inten��o de investimentos em m�quinas e equipamentos recuou 4,7% em dezembro, devido ao cr�dito mais caro e � desacelera��o no ritmo de crescimento das vendas em 2013 em rela��o a 2012.