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Estado de Minas

Petrobras perde R$ 500 mil/dia com paralisa��o de refinaria em Duque de Caxias

A Unidade foi atingida por um inc�ndio na noite de s�bado. A expectativa � que entre cinco e dez dias a refinaria volte a produzir


postado em 05/01/2014 15:54 / atualizado em 06/01/2014 09:59

A paralisa��o da Unidade de Coque da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), atingida por um inc�ndio na noite de s�bado, deve representar para a Petrobras uma perda di�ria de R$ 500 mil em receita. O preju�zo da estatal pode ser ainda maior, com a importa��o dos derivados de alto valor agregado para suprir o fornecimento. Tamb�m h� interrup��o na produ��o de gasolina e diesel. A estimativa � do Sindicato dos Petroleiros (Sindpetro) de Duque de Caxias, que tamb�m prev� um prazo entre cinco e 10 dias para a retomada da produ��o no local. Os sindicalistas acusam a empresa de aumentar em 20% a opera��o na unidade, sobrecarregando os equipamentos.

Ningu�m ficou ferido no inc�ndio, que aconteceu por volta das 18h de s�bado. Segundo o presidente do Sindpetro de Duque de Caxias, Jos� Sim�o Zanardi, as chamas atingiram altura de 20 metros, mas ficaram restritas � casa de bombas, prejudicando seis equipamentos. "Em agosto, a carga da unidade passou de 5 mil metros c�bicos por dia para 6 mil, um aumento de 20%, na tentativa de evitar as importa��es. Desde ent�o, tem acontecido os acidentes. Os equipamentos, bombas, compressores, e torres n�o suportam a carga", afirmou.

A Reduc � respons�vel por 10% da produ��o de refino no Pa�s, com o processamento de 240 mil barris de �leo cru por dia. "Al�m de deixar de gerar R$ 500 mil por dia com a produ��o dos derivados, a empresa ter� que importar mais derivados, de alto valor agregado. Os produtos gerados na unidade abastecem, por exemplo, a ind�stria de cimento. Pode gerar um impacto", avalia Zanardi. Segundo ele, a presidente da estatal, Gra�a Foster, esteve na refinaria por volta das 20h, acompanhada do diretor de abastecimento, Jos� Carlos Consenza. A assessoria de imprensa da Petrobras n�o foi encontrada para confirmar a informa��o.

A estimativa do sindicalista � que entre cinco e dez dias a unidade volte a produzir, mas Zanardi alerta para as condi��es de trabalho. "Os trabalhadores v�o fazer um movimento para n�o retornar sem condi��es que garantam a seguran�a. A empresa vai querer recome�ar ativando bombas substitutas, para n�o parar a opera��o durante os reparos. � muito perigoso", afirma.

Desde novembro diversos acidentes t�m acontecido nas refinarias da Petrobras, sobretudo na Unidade de Coque. Na ReMan, em Manaus tr�s oper�rios ficaram feridos ap�s um inc�ndio, um em estado grave, com queimaduras de terceiro grau. No Paran�, um inc�ndio deixou a unidade paralisada por mais de 20 dias, prejudicando o fornecimento de derivados na regi�o. Tamb�m houve incidentes em unidades na Bahia e Minas Gerais.

Para o consultor Adriano Pires, a Petrobras est� usando as refinarias de forma "irrespons�vel", sem fazer as paradas de manuten��o para atender os n�veis de seguran�a estabelecidos. "Nos Estados Unidos, o n�vel de utiliza��o das refinarias � de 85%, mas a Petrobras est� com a carga a 95%. Isso � reflexo da pol�tica maluca de pre�os. Para fazer caixa est�o rodando as refinarias em n�vel acima do que deveria, colocando em risco os trabalhadores e equipamentos."

Segundo Zanardi, cinco funcion�rios trabalhavam na unidade, que tem o tamanho de tr�s campos de futebol. "O ideal seria termos pelo menos sete funcion�rios. Estamos com menos trabalhadores e uma carga maior. A unidade n�o foi projetada para esta carga. As m�quinas est�o explodindo de tanto operar. Os trabalhadores, est�o adoecendo. Eles est�o com medo de trabalhar", completa.


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