A escassez de m�o de obra qualificada no com�rcio e a expectativa de aumento das vendas a Copa do Mundo dever�o garantir, neste ano, a efetiva��o de boa parte dos trabalhadores contratados para refor�ar o atendimento das lojas no Natal, a despeito do desempenho mais fraco das vendas em compara��o �s proje��es dos lojistas. S� no fim do m�s as institui��es do varejo ter�o o balan�o das contrata��es. De volta, ontem, � rotina, h� quem avalie como mais prov�vel o aproveitamento de 10% a 12% dos empregados com contrato tempor�rio.
A C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) mant�m a estimativa de 9,3 mil trabalhadores admitidos em dezembro temporariamente na capital mineira, o que teria representado 3% a mais frente ao universo de contratados em 2012. O percentual de efetiva��o n�o foi divulgado. A estimativa dos tempor�rios � bem pr�xima das previs�es de expans�o das vendas motivadas pelas festas de fim de ano divulgadas com base no indicador do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil) – de 2,97% entre os dias 18 e 24 – e pela empresa de servi�os banc�rios Serasa Experian, de 2,7%.
“A dificuldade de contratar gente competente � t�o grande que as empresas preferem n�o desperdi�ar os talentos. A efici�ncia vale mais que o status do trabalhador no quadro de pessoal. E essa dificuldade tende a crescer para o per�odo da Copa do Mundo”, afirma Fl�vio Assun��o, presidente da Associa��o dos Lojistas do Hipercentro de BH. Ele acredita que o com�rcio da �rea central da cidade faturou muito pouco acima do resultado dos neg�cios no Natal de 2012, em consequ�ncia do sumi�o do consumidor provocado pelas obras do BRT, o sistema de transporte r�pido por �nibus, nas avenidas Santos Dumont e Paran�.
Os lojistas � que est�o correndo atr�s de trabalhadores para preencher vagas de vendedores, estoquistas, analistas de cr�dito e caixas, em especial, segundo a coordenadora da CDL Educa��o, bra�o da institui��o mineira envolvido na forma��o e qualifica��o profissional, Virg�nia Figueiredo. “� relevante para as contrata��es deste ano o fato de que os lojistas j� enfrentavam d�ficit no seu quadro de pessoal e o per�odo das vendas do Natal permite a eles conhecer o trabalhador tempor�rio e vice-versa”, afirma.
No Sindicato dos Comerci�rios de BH e Regi�o Metropolitana, a esperan�a de efetiva��o est� entre 10% e 12%, esse �ltimo percentual numa hip�tese otimista demais, para o vice-presidente da institui��o, Jos� Alves Paix�o. “O problema � que parte dessas contrata��es ocorre como substitui��o dos trabalhadores mais antigos numa estrat�gia de reduzir a remunera��o do empregado, com o que n�o podemos concordar”, critica. Al�m do sal�rio fixo, o com�rcio paga comiss�es que costumam ser maiores para quem tem mais tempo de casa, destaca o sindicalista.
A expectativa de efetiva��o de 12% dos contratados por tempo determinado em dezembro foi apontada em pesquisa do Sindicato das Empresas de Servi�os Terceiriz�veis e de Trabalho Tempor�rio do Estado de S�o Paulo (Sindeprestem). At� o Natal, 160 mil trabalhadores teriam sido contratados pelo com�rcio no Brasil. Os jovens em primeiro emprego preencheram 20% das vagas. Balan�o preliminar do Sindicato dos Comerci�rios de BH das homologa��es de rescis�es de contratos de trabalho feitas em 2013 indicou demiss�es de 25 mil trabalhadores na capital mineira e entorno. Os cortes superaram em 3% as dispensas em 2012.