Os trabalhadores da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio, planejam para a esta quinta-feira, 9, uma mobiliza��o na rodovia Washington Luis, em frente � unidade, para protestar contra a retomada da produ��o na refinaria. Eles alegam que n�o h� garantia de seguran�a nas opera��es ap�s o inc�ndio na unidade de Coque, no �ltimo s�bado.
A Petrobras estima retomar a produ��o no pr�ximo dia 10, sexta-feira, mas os trabalhadores exigem que a retomada seja parcial, com opera��o em carga m�nima para que sejam atestadas as condi��es de seguran�a na refinaria. A exig�ncia foi apresentada ontem em reuni�o do sindicato com dirigentes da empresa.
"Levamos documentos em que alertamos sobre os riscos da partida na opera��o e as exig�ncias de que sejam revistas as cargas, a qualidade da carga e o efetivo utilizado na unidade", afirma o presidente do sindicato, Sim�o Zanardi. "A proposta � come�ar a operar com carga m�nima e mais tr�s operadores, para ver como a unidade se comporta ap�s os reparos e com eleva��o progressiva at� atingir a carga normal de 5 mil m³/dia", completou.
Em agosto, a carga da unidade foi elevada para cerca de 6 mil m³/dia e a altera��o � apontada como uma das causas do acidente do �ltimo s�bado. Foi o quinto acidente nos �ltimos 40 dias. A Petrobras est� elevando a carga de processamento das refinarias para diminuir a necessidade de importa��o de derivados, que compromete seu caixa.
Na ter�a-feira, em comunicado, a Petrobras informou que o parque de refino da companhia processou, em m�dia, 8% mais �leo entre os meses de janeiro e novembro de 2013, na compara��o com o ano anterior. A eleva��o, segundo a companhia, "decorre da melhor performance obtida com a entrada em funcionamento de novas unidades, al�m da otimiza��o dos processos de refino e da remo��o de alguns gargalos na infraestrutura".
No total, foram processados 2,034 milh�es de barris por dia no per�odo. De acordo com o comunicado, a carga de refer�ncia para as unidades seria de 2.102 mil barris por dia, indicando que a taxa de utiliza��o ficou com 97,4% nesse per�odo. A Petrobras tamb�m destacou que a carga autorizada pelos �rg�os fiscalizadores � de 2.228 mil barris por dia, o que colocaria a atual opera��o com n�vel de utiliza��o de 91,9%.
"O n�vel de utiliza��o das refinarias (91,9%) � compar�vel ao alcan�ado pelas refinarias americanas de melhor performance, que foi de 92,2% entre 2011 e 2012, segundo dados da Solomon Associates, empresa de consultoria internacional especializada na �rea de refino", informa o comunicado.
As explica��es foram recebidas como uma resposta �s den�ncias de opera��o acima da capacidade nas refinarias. "Cada barril que a empresa refina a mais reduz o impacto nas contas. A quest�o � se esse aumento � feito as custas da seguran�a da opera��o, que compromete n�o s� os equipamentos mas tamb�m os profissionais", avalia o consultor Rafael Schechtman, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).