A economista Alessandra Ribeiro, s�cia da Tend�ncias Consultoria Integrada, classificou o resultado do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013, de 5,91%, como "desastroso", levando em conta o esfor�o de desonera��es feito pelo governo para controlar a alta de pre�os administrados como o da energia el�trica. "N�o tem nada para comemorar. � muito ruim, em um ano no qual o governo fez de tudo e tomou medidas que custaram caro", disse.
Ela lembrou que os pre�os administrados fecharam 2013 com alta de apenas 1,5%, influenciados principalmente pela redu��o do pre�o da energia el�trica, de cerca de 20%, pela aus�ncia de aumento nas tarifas de transporte p�blico em muitas cidades e tamb�m pelo controle de pre�os da gasolina, que ainda est�o defasados com rela��o ao mercado internacional. Os pre�os administrados terminaram o ano passado em alta de 1,5%, enquanto os pre�os livres subiram 7,3%. "S� que nos pr�ximos meses a infla��o mais baixa dos pre�os administrados ser� em parte revertida. A gente projeta avan�o de 4,3% para os administradas em 2014, e isso ter� repercuss�o no IPCA", explicou.
A economista tamb�m chamou a aten��o para a piora dos n�cleos do IPCA em dezembro com rela��o a novembro. "Limpando os itens mais vol�teis e as press�es at�picas, os n�cleos apontam uma infla��o subjacente de 0,70% em dezembro, que � bastante alta", afirmou. Anualizada, esta infla��o apontada pelos n�cleos ficaria em 8,7%. "Isso assusta e s� mostra que em 2014 o quadro seguir� muito apertado no que diz respeito � infla��o."
Segundo Alessandra, esse cen�rio refor�a a expectativa de que o ano que se inicia ser� de infla��o alta, na casa dos 6%, com risco de estouro do teto de 6,5% da meta buscada pelo Banco Central. "Nessa previs�o de 6% existe pouco espa�o para a acomoda��o de choques. Se o ano tiver qualquer choque de c�mbio ou de alimentos, h� risco de a infla��o ficar muito pr�xima do teto ou passar do teto."
