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Estado de Minas

Sem apontar causas do apag�o, ONS recomenda redu��o no consumo de energia

Hip�tese de raio gera curto-circuito no governo


postado em 07/02/2014 06:00 / atualizado em 07/02/2014 07:30

Bras�lia – Numa clara demonstra��o de que o governo n�o sabe o que fazer com o setor el�trico para evitar transtornos � popula��o, sobretudo � mais pobre — a primeira a ser punida pelas empresas em caso de apag�o —, o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), Hermes Chipp, voltou a descartar ontem qualquer rela��o entre o consumo recorde de eletricidade dos �ltimos dias e o blecaute que atingiu 13 estados e o Distrito Federal na ter�a-feira, deixando mais de 6 milh�es de consumidores sem luz. "N�o h� nenhuma linha de transmiss�o operando fora do limite", disse. Mas ele deu um recado aos brasileiros. Quem n�o quiser enfrentar transtornos nos pr�ximos meses, por causa do calor excessivo e o baixo n�vel dos reservat�rios das hidrel�tricas, que poupe energia. "� sempre bom economizar", disparou.


Por meio de nota, a presidente Dilma Rousseff, reafirmou o que dissera em 27 de dezembro de 2012: o d�cimo apag�o de seus governo n�o foi provocado por raios. "O sistema el�trico brasileiro, necessariamente, precisa ser a prova de raios. O Brasil � um dos pa�ses com maior quantidade de raios no mundo e o sistema foi montado para ser � prova de descargas el�tricas, com uma gigantesca rede de para raios. Se raios foram realmente respons�veis pela queda de fornecimento de energia, cabe ao ONS apurar se os operadores est�o mantendo adequadamente sua rede de para raios", afirmou.

O fato � que a falta de explica��es consistentes continuar� por pelo menos 15 dias, prazo que as autoridades acreditam ser necess�rio para prestar contas � popula��o, cada vez mais assustada com a inefici�ncia na administra��o do sistema el�trico do pa�s. Com o ver�o escaldante, os consumidores t�m recorrido sistematicamente ao ar-condicionado. A demanda por eletricidade est� t�o forte, que, anteontem, as regi�es Sul, Sudeste e Centro-Oeste bateram novos recordes, segundo o ONS. Na ter�a-feira, quando parte do pa�s ficou sem luz, o pico de consumo se deu tr�s minutos antes dos curto-circuitos que derrubaram duas linhas do trecho entre a cidade de Miracema (TO) e a usina de Serra da Mesa (GO), importante interliga��o entre as regi�es Norte e Sudeste. Com a queda das linhas, uma terceira ficou sobrecarregada e caiu tamb�m.


Falha humana

Sem querer adiantar o texto final do relat�rio a ser divulgado no fim do m�s e apesar do alerta da presidente Dilma, o diretor-geral do ONS admitiu a hip�tese de que um raio possa tenha provocado o mais recente blecaute. “Descarga atmosf�rica � uma das hip�teses a verificar com os institutos especializados”, observou. Chipp assinalou ainda que n�o considera, “de forma alguma”, a chance de ter ocorrido uma falha humana, sobrecarga ou mesmo falha de manuten��o no sistema de prote��o da rede. Para ele, a simples opera��o das usinas termel�tricas no momento reduz eventuais sobrecargas sobre a transmiss�o.

Ele lembrou que mesmo com o quadro preocupante, diante do menor volume de chuvas para janeiro em 60 anos, o n�vel dos principais reservat�rios do Sudeste e Centro-Oeste, de 40% na m�dia, ainda d�o seguran�a para suportar a demanda at� o chamado per�odo �mido. Os especialistas n�o est�o t�o otimistas assim. Para Cl�udio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, o que preocupa mesmo � que a chuva n�o est� chegando. Em fevereiro do ano passado, a curva estava subindo. Agora, agora est� apontando para baixo. "Isso mostra que a produ��o de energia no Brasil ainda � fortemente dependente do clima", sublinhou.

Reginaldo Medeiros, presidente da Associa��o Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), acrescentou que as chuvas verificadas entre 2011 e 2013 foram 98% da m�dia hist�rica. "S�o Pedro tem ajudado, mas numa margem muito apertada", disse. Para Fl�vio Neiva, presidente da Associa��o Brasileira das Empresas Geradoras de Energia El�trica (Abrage), a escassez de �gua est� sendo sentida pelas geradoras de energia, que observam aumento substancial da demanda. Segundo ele, a despeito da agrega��o de energia nova ao sistema no ano passado, os n�veis de armazenamento do Sudeste em 2014 n�o mudaram. "Est�o sendo verificados �ndices mais elevados de consumo e volume cada vez menor de �gua nos reservat�rios", concluiu.

Relacionamento

Diante do quadro ca�tico no setor el�trico, a ag�ncia de classifica��o de risco Fitch Ratings informou ontem que as distribuidoras de energia do pa�s est�o sob press�o, e que o risco de racionamento de energia no pa�s � razo�vel. “Em uma escala de probabilidade de baixa, m�dia, razo�vel, ou prov�vel, a Fitch considera que o risco de um evento de racionamento como razo�vel”, informou a ag�ncia por meio de nota. “Se um cen�rio de racionamento se desenvolve sem quaisquer medidas substanciais pelo regulador para evitar a deteriora��o do perfil financeiro do setor, poderiam ser tomadas a��es de rating negativas em energia el�trica no Brasil, ou seja, as empresas podem ter as notas rebaixadas”, completou.

Colaborou Zulmira Furbino


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