Os protestos populares que vem ocorrendo em cidades brasileiras podem prejudicar o setor de hotelaria durante a Copa do Mundo, avalia o presidente do F�rum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), que representa 25 redes em atua��o no pa�s, Roberto Rotter. "Do meu ponto de vista, as manifesta��es n�o contribuem positivamente para o Brasil. Vemos que h� uma preocupa��o de alguns visitantes por causa das manifesta��es, isso j� se viu na Copa das Confedera��es", afirmou em evento nesta quinta-feira.
Segundo Rotter, na Copa das Confedera��es, que ocorreu em meados do ano passado, a demanda por hot�is ficou abaixo do esperado, e os protestos influenciaram esse cen�rio. "Era uma competi��o com forte turismo local. Notamos que muitas pessoas, principalmente do Sul do Brasil, deixaram de viajar por causa disso (dos protestos)", afirmou. O setor teme que a continuidade dos atos populares e a viol�ncia associada a alguns grupos participantes desencorajem visitantes a viajar pelo Brasil na Copa do Mundo.
"Nos preocupa a repercuss�o com os turistas, principalmente com os estrangeiros", disse Rotter. "N�o gostar�amos que isso prejudicasse a imagem do Brasil para atrair visitantes n�o s� para a Copa do Mundo, mas tamb�m para outros eventos no futuro."
Pre�os sob controle
Rotter afirmou que n�o haver� uma alta generalizada de pre�os do setor durante o evento esportivo. "A tarifa pode ser mais cara sim, principalmente quando houver jogos mais interessantes, como os do Brasil. Em contrapartida, nos dias sem partidas, isso n�o vai acontecer. � preciso lembrar que essa alta de pre�os responde � demanda", explicou o executivo do FOHB, cujas 25 redes hoteleiras englobam 600 hot�is e respondem por 18% dos apartamentos ofertados no Brasil.
Ele reconheceu, no entanto, a exist�ncia de casos espec�ficos que fogem do comum. "Um hotel pode praticar uma pol�tica isolada e isso acabar vindo a publico. Isso acontece, mas n�o � generalizado. As redes n�o seriam irrespons�veis de subir demais o pre�o de uma di�ria", disse.
Segundo Rotter, mais importante do que lucrar durante a Copa � fazer que os visitantes voltem. Ele revelou que a iniciativa privada investiu cerca de R$ 12 bilh�es no setor nos �ltimos anos e a maior expectativa de retorno � no longo prazo. "Os hot�is n�o correr�o o risco de prejudicar o investimento. O cliente dessas redes pode ser cliente em outras ocasi�es tamb�m, n�o apenas na Copa."
Ele estima que a di�ria m�dia do setor suba entre 5% e 6% em 2014, em linha com a infla��o oficial - a proje��o do mercado para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano � de cerca de 6%. Em 2013, os valores m�dios das di�rias na rede hoteleira aumentaram 5,91%, de acordo com o FOHB.