O Banco Central est� empenhado em segurar a infla��o, disse hoje o presidente do �rg�o, Alexandre Tombini. Em entrevistas a jornalistas da imprensa internacional, ele declarou que a autoridade monet�ria est� trabalhando para que os �ndices continuem a cair neste e nos pr�ximos anos.
Para Tombini, a eleva��o de 3,25 pontos percentuais da taxa Selic (juros b�sicos da economia) desde abril do ano passado ainda est� surtindo efeito em conter a infla��o. Ele reiterou que o Banco Central continuar� a monitorar atentamente o comportamento dos pre�os para assegurar a converg�ncia do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) para o centro da meta, de 4,5% com toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
“A pol�tica monet�ria opera com uma certa defasagem. O impacto do que fizemos at� agora para controlar a infla��o ainda se manifestar� daqui para a frente. Estamos fazendo nosso dever de casa, combatendo a infla��o. Em uma grande extens�o, tivemos sucesso”, disse o presidente do Banco Central.
Em rela��o ao crescimento da economia em 2014, Tombini disse n�o esperar que o pa�s tenha ca�do em recess�o no segundo semestre do ano passado, apesar de indicadores recentes. Para este ano, ele ressaltou ainda que os programas de concess�es de infraestrutura, como rodovias e aeroportos, impulsionar�o os investimentos e o crescimento nos pr�ximos trimestres.
Na semana passada, o Banco Central divulgou que o �ndice de Atividade Econ�mica (IBC-Br), indicador que funciona como pr�via do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 0,21% no terceiro trimestre e 0,17% no quarto trimestre de 2013.
Quando h� queda de dois trimestres consecutivos na atividade econ�mica, a economia est� em recess�o t�cnica. Para 2013, o IBC-Br estima crescimento de 2,57% pelo �ndice dessazonalizado, que desconsidera as oscila��es t�picas de determinadas �pocas do ano. Com o desempenho no segundo semestre, o crescimento deve-se unicamente ao comportamento da economia nos seis primeiros meses do ano passado.
A previs�o oficial do Banco Central sobre o PIB est� no Relat�rio de Infla��o, divulgado a cada tr�s meses. Na �ltima vers�o do documento, em dezembro, a autoridade monet�ria estimava crescimento de 2,3% para a economia no ano passado.
Sobre o c�mbio, o presidente do Banco Central disse que o Brasil est� em situa��o mais confort�vel que outros pa�ses emergentes, como Turquia e Argentina, para lidar com as turbul�ncias no sistema financeiro global. Segundo ele, as reservas internacionais em torno de US$ 375 bilh�es t�m ajudado o Brasil a conter a volatilidade do d�lar em meio � retirada dos est�mulos monet�rios nos Estados Unidos. “Todos os instrumentos est�o sobre a mesa para combater a volatilidade, em particular as reservas internacionais”, destacou Tombini. O �udio da teleconfer�ncia com jornalistas estrangeiros foi divulgado pelo site do Banco Central.