A taxa de desemprego de janeiro, apurada em 4,8% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), veio abaixo das expectativas do mercado e surpreendeu analistas, mas foi favorecida novamente por uma redu��o no contingente de pessoas ativas no mercado de trabalho. "O dado foi surpreendente, mas eu diria que tem de ser visto com cuidado", observou o economista-chefe do banco ABC Brasil, Luis Ot�vio Leal.
"Boa parte da surpresa foi pela queda da Popula��o Economicamente Ativa (PEA)", destacou Leal, que esperava uma taxa de desocupa��o de 5,1% no primeiro m�s deste ano. Segundo ele, o efeito da PEA amorteceu parte da alta de 9,6% dos desocupados em rela��o a dezembro de 2013.
Em janeiro, segundo o IBGE, a PEA reduziu 0,5% em rela��o a dezembro, o que significa um contingente de 115 mil pessoas a menos no mercado de trabalho nas seis regi�es metropolitanas pesquisadas pelo instituto.
"� uma discuss�o que se tem tamb�m nos Estados Unidos, mas l� � uma mudan�a estrutural, as pessoas est�o saindo do mercado de trabalho. Aqui � diferente, elas n�o est�o entrando. A grande pergunta � por que acontece isso e quais ser�o as consequ�ncias no m�dio e longo prazo", disse Leal. Apesar disso, o economista-chefe do ABC Brasil afirma que o dado de janeiro mostra um mercado de trabalho ainda aquecido e com crescimento real da renda.