Ap�s cinco anos seguidos de queda, o Grupo Priority, fabricante de cal�ados das marcas West Coast e Cravo&Canela, conseguiu estabilizar as exporta��es em 2013. Para este ano, a empresa, que planeja fabricar 4 milh�es de pares, quer ampliar a fatia das vendas externas na receita: de 10% em 2013 para 12%. S� em janeiro as exporta��es da companhia aumentaram 21% em rela��o ao mesmo m�s do ano passado.
Conquista de novos mercados, como R�ssia, M�xico e Peru, e estrat�gia focada na valoriza��o da marca foram, segundo o diretor comercial do grupo, Eduardo Smaniotto, as chaves para estancar a queda nas exporta��es. Essa mudan�a de humor dos exportadores de manufaturados j� foi captada pela sondagem industrial da Funda��o Getulio Vargas. Em janeiro, o �ndice que indica como as ind�strias avaliam a demanda externa por seus produtos cresceu 8,5% em rela��o a dezembro e 2,2% ante janeiro de 2013.
O economista observa que a China e a Argentina, dois importantes parceiros comerciais, est�o com a economia em desacelera��o. Por isso, ele atribui a rea��o ao c�mbio que, em 12 meses, desvalorizou-se quase 17%.
A melhora no �nimo das ind�strias exportadoras � n�tida em sete de 14 segmentos pesquisados: alimentos, vestu�rio e cal�ados, t�xtil, mobili�rio, qu�mica, celulose, papel e papel�o e material el�trico e de comunica��es. As exporta��es da ind�stria el�trica e eletr�nica dever�o somar neste ano US$ 7,4 bilh�es, praticamente a mesma cifra de 2013, segundo o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Em 2013, as exporta��es tinham ca�do 5% na compara��o com o ano anterior.
O que deve estancar a queda nas exporta��es, segundo Barbato, � o aumento das vendas externas de celulares, que voltaram a ser competitivas por causa do n�vel do c�mbio. Segundo ele, os EUA est�o comprando celulares do Brasil e isso j� impulsionou as exporta��es no ano passado.
Celulose
No caso da celulose, o c�mbio n�o foi o �nico fator favor�vel �s exporta��es. No primeiro ano completo de opera��o, a Eldorado Brasil, por exemplo, exportou 1,1 milh�o de toneladas de celulose, quase a totalidade da produ��o de 2013. Neste ano, a previs�o � vender de 1,3 milh�o a 1,4 milh�o de toneladas no exterior, informa Jos� Carlos Grubisich, presidente da empresa.
“J� contribu�mos com cerca de US$ 800 milh�es nas divisas para o Brasil no ano passado e este ano devemos chegar a US$ 1 bilh�o”, afirma o executivo. Do total exportado, 40% foram para a �sia, 40% para a Europa e 20% para os EUA. Esses mercados v�o ser mantidos este ano, e novos clientes da Europa do Norte, como a Finl�ndia, entrar�o na lista de compradores.
Segundo ele, a valoriza��o cambial ajudou. Al�m disso, houve recupera��o de pre�os porque a demanda internacional estava boa, sobretudo da mat�ria-prima para papel higi�nico e guardanapos.
Dados da Bracelpa, associa��o que re�ne as ind�strias do setor, mostram que, no ano passado, as exporta��es de papel e celulose somaram US$ 7,156 bilh�es. O crescimento foi de 7,5% em rela��o a 2012, quando houve retra��o de 7,4% na compara��o com o ano anterior.