O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, e o diretor de Assuntos Internacionais e de Regula��o, Luiz Awazu Pereira, n�o participam hoje (25) � tarde da primeira parte da reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom). O comit�, formado pelos diretores e pelo presidente do BC, � respons�vel por definir a taxa b�sica de juros, a Selic. Eles s� estar�o presentes no segundo dia da reuni�o, amanh� (26).
De acordo com a agenda divulgada nesta ter�a-feira, o diretor e Tombini estar�o em deslocamento para Bras�lia. Segundo a assessoria de imprensa do BC, eles n�o chegam a tempo de participar da reuni�o. Os dois participaram ontem (24), em Sydney, na Austr�lia, da reuni�o bimestral de presidentes de bancos centrais do Banco de Compensa��es Internacionais (BIS).
No final do ano passado, Tombini passou a integrar o conselho de diretores do BIS. Considerado o Banco Central dos bancos centrais, o organismo internacional tem a fun��o de estimular a coopera��o entre bancos centrais e outros �rg�os que promovem a estabilidade financeira. Al�m disso, o BIS faz pesquisas e presta v�rios servi�os aos bancos centrais. O BIS foi fundado em 1930 e tem sede em Basileia, na Su��a.
Hoje, no primeiro dia da reuni�o do Copom, os chefes de departamento apresentam uma an�lise da conjuntura dom�stica, com dados sobre a infla��o, o n�vel de atividade econ�mica, as finan�as p�blicas, a economia internacional, o mercado de c�mbio, as reservas internacionais e o mercado monet�rio.
No segundo dia da reuni�o, s� h� participa��o dos diretores e do presidente do BC, al�m do chefe do Departamento de Estudos e Pesquisas, mas esse sem direito a voto. Ap�s an�lise da perspectiva para a infla��o e das alternativas para definir a Selic, os diretores e o presidente definem a taxa. Assim que a Selic � definida, o resultado � divulgado � imprensa. Na quinta-feira da semana seguinte, o BC divulga a ata da reuni�o, com as explica��es sobre a decis�o.
Na opini�o de institui��es financeiras consultadas pelo BC, a taxa b�sica deve subir 0,25 ponto percentual. Em janeiro, a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano. A previs�o do mercado financeiro � que a taxa continue a subir e feche 2014 em 11,25% ao ano. Em 2015, a previs�o � que haja novos ajustes na Selic, que deve encerrar o per�odo em 12% ao ano.
No ano passado, como medida para tentar conter a infla��o, o Copom elevou a Selic em 2,75 pontos percentuais.
A Selic � usada nas negocia��es de t�tulos p�blicos no Sistema Especial de Liquida��o e Cust�dia (Selic) e serve de refer�ncia para as demais taxas de juros da economia. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo � conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos pre�os porque os juros mais altos encarecem o cr�dito e estimulam a poupan�a. Quando o Copom reduz os juros b�sicos, a tend�ncia � que o cr�dito fique mais barato e h� incentivo � produ��o e ao consumo. Entretanto, a medida alivia o controle sobre a infla��o.
O Banco Central tem que encontrar equil�brio ao tomar essa decis�o e assim fazer com que a infla��o fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional. A meta tem como centro 4,5%, mas h� uma margem de dois pontos percentuais. Ou seja, para que o limite n�o seja ultrapassado, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), escolhido para a meta, tem que fechar o ano em, no m�ximo, 6,5%.