O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou nesta quinta-feira, ao comentar o resultado do PIB do ano passado, que a economia brasileira est� em trajet�ria de acelera��o gradual em rela��o a 2012, quando a alta foi 1%. "Estamos numa trajet�ria de crescimento que vai continuar em 2014", afirmou.
Para ele, a expans�o do PIB em 2013 foi de qualidade porque foi puxada pelos investimentos. "Do lado da oferta, se deveu ao setor agropecu�rio que teve crescimento muito bom e que vai continuar em 2014", afirmou.
O ministro disse que o crescimento da ind�stria foi menor porque alguns segmentos dependem o mercado externo, enquanto o desempenho do setor de servi�os foi bom. Do lado da demanda, o ministro disse que o destaque � o crescimento da Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF), que subiu 6,3%. "Foi excelente o crescimento e d� qualidade para o crescimento da economia em 2013", avaliou.
Ele destacou que a expans�o dos investimentos � importante porque mostra que a ind�stria e a agricultura adquiriram m�quinas e equipamentos e se tornaram mais produtivos, com repercuss�o em 2014. Em compensa��o, o setor externo n�o contribuiu para o crescimento, segundo o ministro, havendo "um vazamento externo de 0,9%", que foi apropriado pelas importa��es. "Se n�o houvesse dificuldade da economia mundial, a gente teria crescido mais, aproveitando o mercado interno e externo", afirmou.
Meta fiscal
Ainda em seus coment�rios sobre o PIB, Mantega afirmou que a programa��o or�ament�ria e a meta fiscal de 2014 fortalecem os fundamentos da economia porque mant�m os investimentos em crescimento e limitam os gastos com custeio. Segundo ele, estas condi��es aumentam a confian�a e d�o condi��es para que a infla��o fique sob controle, al�m de permitirem um crescimento maior em 2014.
O ministro disse que o governo teve algumas surpresas em rela��o ao PIB do quarto trimestre de 2013, mas lembrou que, para o ano, o governo trabalhava com um previs�o de alta de 2%. O investimento deve continuar em trajet�ria crescente em 2014, estimulado pelas concess�es. "A trajet�ria do investimento � crescente. Mas n�o ouso projetar um n�mero para 2014", afirmou. "Prefiro deixar para os analistas."