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Estado de Minas

Investimentos n�o devem manter ritmo de 2013

Para analistas, Selic alta deve esfriar atividade


postado em 02/03/2014 10:01 / atualizado em 02/03/2014 11:16

Destaque na atividade econ�mica em 2013, os investimentos n�o devem sustentar este ano o mesmo ritmo de crescimento. A esperada redu��o nos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) ser� um freio natural a novos projetos, mas n�o o �nico. Incertezas nos campos pol�tico e energ�tico j� afetam as expectativas e a confian�a da ind�stria. Ao mesmo tempo, grandes empresas, como Vale e Petrobras, revisaram para baixo seus planos de investimentos para o ano.

A Forma��o Bruta de Capital Fixo (FBCF), conta dos investimentos no Produto Interno Bruto (PIB), cresceu acima do esperado no quarto trimestre (0,3% ante o anterior), segundo os dados do IBGE. Mas economistas j� revisaram as proje��es de desempenho para este ano.

A MCM Consultores Associados refez sua previs�o para a expans�o da FBCF em 2014, de 4,8% para 2,2%. O economista Leandro Padulla diz que os n�meros do investimento no quarto trimestre n�o batem com o que mostravam os indicadores antecedentes. "O n�mero do IBGE n�o traduz o que de fato ocorreu. O cen�rio para o investimento vinha negativo e n�o vemos uma revers�o no curto prazo", disse Padulla.

O BNDES aumentou a sua influ�ncia na FBCF no �ltimo ano. Ap�s o ano de recorde no n�mero de desembolsos, que alcan�aram R$ 190,4 bilh�es (alta de 22% ante 2012), o BNDES reconhece que haver� redu��o no volume em 2014. "Essa redu��o j� est� sendo feita de forma criteriosa para n�o prejudicar os investimentos", afirmou Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor econ�mico da �rea de Planejamento do BNDES. "At� o momento, n�o vejo raz�o para revers�o na tend�ncia de aumento nos investimentos, apenas devem desacelerar", avaliou.

Para analistas, Selic alta deve esfriar atividade
O atual ciclo de alta da taxa b�sica de juros, iniciado em abril do ano passado, ser� um dos respons�veis pelo prov�vel esfriamento da atividade econ�mica em 2014 na compara��o com 2013, segundo analistas. Os efeitos defasados do aumento de 3,5 pontos porcentuais que levaram a Selic do piso hist�rico de 7,25% ao ano para 10,75% ao ano devem contribuir para uma desacelera��o gradual do consumo nos pr�ximos meses. Isso, no entanto, n�o deve reduzir t�o fortemente a infla��o, como aposta o governo.

O pr�prio Banco Central reconhece que o menor ritmo de expans�o do cr�dito no ano passado � influ�ncia do aumento do juro, que encareceu as opera��es com recursos livres. Para este ano, a estimativa da autoridade monet�ria � de um incremento ainda menor no cr�dito - crescimento nominal em torno de 13%, ante 14,6% em 2013.

A consultoria Tend�ncias calcula uma desacelera��o ainda maior para o cr�dito neste ano - de 12,3%. Segundo a economista Mariana Oliveira, o crescimento real do cr�dito em 2014 dever� ser de 5,9%, redu��o significativa em rela��o aos 8,2% apurados no ano passado.

O diretor de Pesquisas para a Am�rica Latina da Nomura Securities em Nova York, Tony Volpon, acredita que o BC deve encerrar o ciclo de alta da taxa b�sica de juros com o aumento de 0,25 ponto porcentual decidido na semana passada, justamente para n�o correr o risco de ser carimbado como um dos culpados por um crescimento baixo da economia neste ano.


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