O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira, que em rela��o � infla��o a institui��o "tem agido para assegurar sua converg�ncia � trajet�ria de metas e que os efeitos da pol�tica monet�ria s�o cumulativos e se manifestam com defasagens". De acordo com Tombini, "a pol�tica monet�ria no contexto atual deve se manter especialmente vigilante".
Tombini falou que "o ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar pr�ximo ao do ano passado". Ele tamb�m ressaltou que o avan�o do investimento, sobretudo em log�stica e infraestrutura, somado a esfor�os de qualifica��o da m�o-de-obra "deve-se traduzir em ganhos de produtividade para a economia brasileira". Destacou, ainda, que a expans�o do PIB em 2013 foi marcada por uma mudan�a na composi��o da demanda, "com amplia��o dos investimentos e modera��o do consumo das fam�lias".
O presidente do BC ressaltou ainda que, em meio ao per�odo de transi��o no cen�rio externo, o Brasil tem robustos fundamentos econ�micos e financeiros. "Os fluxos de investimento estrangeiro continuam fortes. Em fevereiro, houve ingresso l�quido de US$ 9,2 bilh�es de capitais estrangeiros (em renda fixa, bolsa e IED). E tais fluxos continuam fortes nos primeiros dias �teis de mar�o", comentou. Segundo ele, o Brasil tem respondido a este per�odo de transi��o e maior volatilidade nos mercados financeiros "de forma cl�ssica, com ajuste de pol�ticas macroecon�micas e flexibilidade cambial".
Disse que o mundo passa por per�odo de transi��o, com perspectiva de maior crescimento econ�mico e intensifica��o do com�rcio internacional. Afirmou que essa transi��o tem sido liderada pela recupera��o dos EUA e implica em uma transi��o gradual de volta � normalidade das condi��es monet�rias internacionais e, consequentemente, o realinhamento dos pre�os relativos de ativos financeiros.
"O aumento da volatilidade nos mercados internacionais � reflexo deste processo de realinhamento de pre�os relativos - fen�meno que n�o deve ser confundido com vulnerabilidade", afirmou. O presidente do BC fez os coment�rios durante palestra para investidores, na Confer�ncia Macroglobal no Brasil, promovida pelo banco Goldman Sachs, em S�o Paulo.