No Dia Mundial do Consumidor, comemorado neste s�bado, o site Reclame Aqui traz velhas queixas, conhecidas dos brasileiros, no topo do ranking de empresas com maior n�mero de registros. Nos �ltimos 30 dias, segundo o site, a Vivo, Oi, Tim, Samsung, Claro e Nextel foram as mais reclamadas, com mais de 21 mil cita��es feitas s� pela Internet. As mesmas empresas tamb�m aparecem na lista das que registraram mais queixas nos �ltimos 12 meses.
Vargas diz que embora o consumidor brasileiro tenha tomado “o poder” para fazer valer seus direitos, a entrada de novos consumidores na internet causa outro problema s�rio. Segundo ele, 40% dos consumidores que apresentam queixas no site n�o sabem comprar, principalmente produtos na internet e, por isso, geralmente levam gato por lebre.
Vargas disse que h� casos de pessoas que, atra�das por an�ncios de empresas desconhecidas compram telefones de �ltima gera��o que custam mais de R$ 2,5 mil por R$ 700 e n�o recebem as mercadorias. “Quando surgir uma oferta desse tipo, desconfie, � golpe”, alerta. Ele lembrou que antes de adquirir um produto pela internet, a dica � pesquisar a reputa��o da empresa. “Quem s� vai pela oferta, tem a probabilidade de 50% de fazer um mau neg�cio”.
Maur�cio Vargas ressaltou que nos �ltimos cinco anos as redes sociais foram protagonistas de uma grande revolu��o no atendimento a clientes. “As empresas de lojas virtuais investiram milh�es em atendimento, os bancos est�o melhorando muito, as ind�strias de eletroeletr�nicos e as empresas de servi�os tamb�m. S� quem ficou para tr�s foram as empresas de telefonia”. Ele destacou que lojas virtuais que h� dois anos figuravam entre as mais reclamadas, hoje t�m excel�ncia no atendimento, com cerca de 200 pessoas s� para atender queixas em redes sociais o que, geralmente, ocorre em at� tr�s horas.
Ma, mesmo com toda essa evolu��o, especialistas na �rea dizem que ainda falta informa��o. O presidente do site Reclame Aqui ressaltou que o consumidor brasileiro n�o tem o h�bito e n�o sabe ler contratos. “O consumidor, quando vai comprar alguma coisa, v� exclusivamente o pre�o, n�o l� a descri��o do produto. Para o cliente, falta ainda uma cultura para entender as ofertas e, do lado das empresas, falta mais investimento no p�s-venda, j� que a venda n�o termina quando a empresa recebe o pagamento do cliente”.
A presidenta da Associa��o Nacional de Procons, Gisela Simona, concorda que o brasileiro precisa conhecer mais seus direitos, por isso, neste fim de semana e na semana que vem est� programada uma s�rie de a��es pelos Procons estaduais para solucionar problemas e tirar d�vidas de consumidores. “O primeiro argumento do consumidor acaba sendo no balc�o da loja. Por isso, a divulga��o de direitos � muito importante”. Ela frisou que h� a necessidade de dar mais poderes ao consumidor por meio de informa��es claras.
Na pr�xima segunda-feira (17), os Procons de todo o pa�s divulgar�o seu cadastro estadual de reclama��es. A exig�ncia est� prevista no Artigo 44 do C�digo de Defesa do Consumidor. A norma diz que �rg�os devem publicar o cadastro, pelo menos, uma vez por ano. “Antes, cada Procon divulgava a lista na data em que achava mais conveniente, mas h� uns cinco anos, estamos unificando essa a��o”, explicou Gisela.
A especialista em defesa do consumidor disse que a divulga��o do ranking com as empresas campe�s de reclama��es � importante porque influencia o direito de escolha do consumidor, que abandona uma marca ou loja mal avaliada em favor de outra que resolve prontamente as queixas.