O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta ter�a-feira, durante audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE), que a expectativa da autoridade monet�ria � de que o cr�dito cres�a em torno de 13% este ano, o que para ele significa um ritmo de expans�o sustent�vel. "O estoque do cr�dito imobili�rio estoque ainda � baixo comparado a economia internacionais e o crescimento nesse segmento deve ser robusto", completou.
Tombini disse ainda que deve ser observado um gradual reposicionamento do sistema financeiro nacional. "Ap�s desempenharem papel contrac�clico, os bancos p�blicos devem voltar a seus nichos tradicionais", destacou.
Segundo ele, desde meados de 2012 a inadimpl�ncia tem sido declinante em todos os segmentos, mas sobretudo no cr�dito livre. "No fim de 2013 e in�cio de 2014, a inadimpl�ncia tem se estabilizado em n�veis baixos, bem abaixo dos verificados no come�o de 2013. Al�m disso, o endividamento das fam�lias est� no n�vel mais baixo dos �ltimos tr�s anos", acrescentou.
O presidente do BC disse ainda que a evolu��o do cr�dito tem se mantido pela sustenta��o do crescimento do emprego e da renda, al�m de a��es macroprudenciais e de educa��o financeira. "Essas a��es macroprudenciais frearam as concess�es de maior risco e estimularam mais rigor das institui��es financeiras."
A converg�ncia da demanda para modalidades como o cr�dito consignado e habitacional traz menor custo para os tomadores e menor risco para as institui��es e a consolida��o da inadimpl�ncia em patamar baixo contribui para a higidez do sistema", concluiu.
Emergentes
Tombini defendeu ser "falsa a tese de fragilidade e vulnerabilidade" das economias emergentes, em especial do Brasil. "O Brasil tem robustos fundamentos e conta com um sistema financeiro s�lido", justificou. Segundo ele, o Pa�s ainda conta com reservas de US$ 377 bilh�es e destacou que o Brasil tem compromissos de curto prazo relativamente pequenos.
Infla��o
Tombini reafirmou durante a audi�ncia na CAE que a autoridade monet�ria tem agido para assegurar converg�ncia da infla��o para trajet�ria de metas e que os efeitos das a��es de pol�tica monet�ria s�o cumulativos e se manifestam com defasagem. "Parte significativa das respostas de pre�os ao ciclo de ajuste monet�rio ainda est� para se manifestar", disse. "Estamos apertando a pol�tica monet�ria para a infla��o convergir para a trajet�ria de metas", completou.
O presidente do BC citou o recuo dos pre�os livres nos �ltimos meses e a eleva��o dos pre�os administrados no per�odo para destacar que est� em curso um realinhamento desses pre�os. "Isso ocorreu em um contexto de deprecia��o cambial que superou 15% nos �ltimos 12 meses. Essa deprecia��o � fonte de press�o inflacion�ria no curto prazo, mas efeitos mais longos podem e devem ser contidos pela pol�tica monet�ria", frisou.
Repetindo a ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), Tombini disse que a infla��o ainda mostra resist�ncia, ligeiramente acima daquela estimada. "O segmento de alimentos in natura tem choque tempor�rio que tende a se reverter nos pr�ximos meses. A pol�tica monet�ria tem que agir para que esses efeitos se circunscrevam ao curto prazo", acrescentou. "A pol�tica monet�ria tem que se manter vigilante para evitar riscos de que n�veis elevados de infla��o persistam no horizonte", concluiu.