Os consumidores usaram mais o rotativo do cart�o de cr�dito, que � o financiamento de parte do valor da fatura e tamb�m saques, em fevereiro. De acordo com dados do Banco Central (BC), o saldo do rotativo subiu 6,4% de janeiro para fevereiro, quando ficou em R$ 27,827 bilh�es.
Tamb�m subiu o parcelamento com juros no cart�o, com alta de 2% em rela��o a janeiro. O saldo ficou em R$ 11,092 bilh�es. J� o saldo do uso do cart�o de cr�dito com pagamento � vista caiu 6%, de R$ 106,9 bilh�es, em janeiro, para R$ 100,5 bilh�es, em fevereiro.
De acordo com o chefe do Departamento Econ�mico do BC, Tulio Maciel, � comum o recuo do pagamento � vista das compras no cart�o de cr�dito em fevereiro: as fam�lias j� n�o t�m mais a renda de f�rias e d�cimo terceiro sal�rio. “Em dezembro e janeiro, as fam�lias usam a renda pra sair do rotativo”, disse. Mas ele acrescentou que em fevereiro, h� retomada gradual do cr�dito rotativo.
Essa redu��o do uso do cart�o de cr�dito com pagamento � vista levou ao recuo no saldo de todas as opera��es de cr�dito com recursos livres para as fam�lias. A queda no saldo ficou em 0,3%, ficando em R$ 747,188 bilh�es.
O saldo de todas as opera��es de cr�dito do sistema financeiro, tanto para empresas quanto para fam�lias, chegou a R$ 2,733 trilh�es. Esse estoque correspondeu a 55,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e servi�os produzidos no pa�s. � o mesmo percentual registrado em janeiro.
O BC tamb�m informou que manteve as proje��es para a expans�o do cr�dito, este ano. A expectativa para o crescimento do cr�dito � 13%, sendo que o cr�dito livre (os bancos t�m autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros) deve apresentar expans�o de 10% e o direcionado (empr�stimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), de 17%. O cr�dito nos bancos p�blicos deve crescer 17%, o dos privados nacionais, 10%, e de privados estrangeiros, 8%. A proje��o para o crescimento do cr�dito em rela��o ao PIB segue em 58%.