O leil�o de energia velha A-0, uma das principais medidas do pacote de socorro do governo �s distribuidoras, deve ser dominado por estatais federais. Al�m da Petrobras, a outra geradora controlada pela Uni�o que pode entrar na licita��o � a Eletrobras. Em teleconfer�ncia para analistas e investidores, o diretor Financeiro e de Rela��es com Investidores da el�trica, Armando Casado, disse que as subsidi�rias Furnas e Eletronorte t�m energia descontratada que poderia ser negociada na concorr�ncia, marcada para 25 de abril.
Alegando quest�es estrat�gicas, o executivo preferiu n�o revelar o volume de energia descontratado no grupo. Em sua fala aos investidores, Casado buscou desvincular a poss�vel participa��o da estatal a uma imposi��o do governo. O pre�o e a estrat�gia ideal para a venda da oferta ser�o os fatores decisivos.
"Temos duas op��es para essa energia: ou deixamos essa energia no mercado livre aos pre�os spot ou fazemos contratos de longo prazo, apostando que esse pre�o spot vai cair e buscando a contrata��o de mais longo prazo para ter uma estabilidade maior", argumentou. A entrega da energia contratada no leil�o A-0 ocorrer� a partir de maio, com dura��o at� o final de 2019. Termel�tricas com custo de combust�vel inferior a R$ 300/MWh poder�o participar, o que deve atrair as usinas a g�s da Petrobras. O pre�o-teto ainda n�o divulgado.
O principal objetivo do leil�o A-0 � reduzir a exposi��o involunt�ria das distribuidoras ao mercado � vista, o que tem pressionado o fluxo de caixa das empresas. Hoje, as concession�rias est�o descontratadas em 3,2 mil MW m�dios, sendo obrigadas a comprar energia no mercado spot, hoje no valor teto de R$ 822,23 o MWh. Tal situa��o � considerada pelas empresas insustent�vel, o que levou ao governo a anunciar um pacote de socorro financeiro ao setor h� tr�s semanas de R$ 12 bilh�es, sendo R$ 4 bilh�es do Tesouro.
Distribuidoras
Durante a teleconfer�ncia, Casado tamb�m disse que os estudos sobre as seis distribuidoras federalizadas foram conclu�dos e incorporados ao trabalho da consultoria Roland Berger sobre a reestrutura��o global do grupo Eletrobras. "Aguardamos a defini��o sobre a renova��o das concess�es de distribuidoras para decidir o futuro das empresas", acrescentou o executivo.
As concess�es de distribui��o da Eletrobras, localizadas no Norte e Nordeste, se encerram em 2015, e a empresa (e o mercado em geral) n�o sabe quais ser�o as condi��es para a prorroga��o dos contratos. Sem essa defini��o, a estatal adiou a decis�o sobre a venda parcial ou total dos ativos. Em 2013, as seis empresas tiveram preju�zo de R$ 2,4 bilh�es, ante R$ 1,5 bilh�o em 2012.