A infla��o vai terminar este ano abaixo do limite m�ximo da meta, que � 6,5%, garantiu hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo o ministro, em 12 meses, a infla��o pode ultrapassar 6,5%, mas vai arrefecer em seguida. “Quando pega a infla��o no pico, em 12 meses, pode at� ultrapassar os 6,5%. S� que depois, ela diminui.” De acordo com pesquisa feita pelo do Banco Central com institui��es financeiras, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deve chegar a 6,51%, este ano, ultrapassando o limite superior da meta.
O ministro argumentou que o pa�s est� em um per�odo de eleva��o inflacion�ria, mas isso j� estava previsto. “Todo ano acontece esse processo. � sazonal, portanto, mas tem a ver tamb�m com condi��es meteorol�gicas. Este ano, temos menos chuva e isso fez com que subissem alguns produtos, principalmente hortifrutigranjeiros”, enfatizou. Mantega lembrou que a infla��o subiu em mar�o e em abril, mas deve recuar em maio e junho. “� claro que tem algum produto que tem alguma sazonalidade ou que est� na entressafra que poder� subir, por�m a maioria dos produtos estar� reduzindo o seu pre�o ao longo dos pr�ximos meses”, acrescentou.
Segundo o ministro, o aumento da produ��o de etanol no pa�s vai ajudar na redu��o da infla��o. “Agora estamos no per�odo em que o etanol aumenta sua produ��o. Quando entrar a safra, vai reduzir o pre�o do etanol e tamb�m dos combust�veis. Isso vai acontecer entre maio e junho”. Mantega tamb�m disse que o governo n�o est� cogitando aumentar o percentual de participa��o do �lcool anidro na gasolina. Atualmente, esse percentual � 25%. “Sempre � poss�vel, mas no momento n�o estamos cogitando”, disse.
O ministro disse ainda que o pre�o da energia ser� o vil�o da infla��o este ano. “� assim, todo ano tem algum vil�o na hist�ria da infla��o. Mas � importante que seja algum vil�o e os outros pre�os possam recuar”, destacou ele, que participou do lan�amento do Programa Portal �nico de Com�rcio Exterior, na sede da Confedera��o Brasileira da Ind�stria (CNI).
Mantega tamb�m garantiu que o governo n�o estuda nenhuma mudan�a no crit�rio de avalia��o da infla��o. Em mat�ria publicada na edi��o de hoje do jornal O Globo, t�cnicos do governo defendem a retirada de produtos in natura do c�lculo do IPCA. O motivo seriam os frequentes choques nos pre�os desses produtos causados por problemas clim�ticos. “N�o h� nenhuma mudan�a de crit�rio na avalia��o da infla��o. N�o sei quem tirou essa ideia. Mas ela n�o procede. Quem faz isso � os Estados Unidos. Os Estados Unidos retiram alimentos e combust�vel. N�o fazemos isso e continuaremos da mesma maneira, usando os mesmos crit�rios”, disse.