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Estado de Minas BOA JOGADA

Passagens a�reas v�o ficar mais baratas durante a Copa do Mundo

Com baixa procura, quem viajar de 12 de junho a 13 de julho vai pagar menos para se deslocar de avi�o no pa�s


postado em 26/04/2014 06:00 / atualizado em 26/04/2014 07:36

Com quase 10 milh�es de passagens a�reas dispon�veis faltando um m�s e meio para a bola rolar na Copa do Mundo, os pre�os finalmente d�o sinais de recuo. Os valores que assombraram brasileiros e estrangeiros principalmente nos �ltimos meses do ano passado, chegando em muitos casos a superar R$ 3 mil por trecho, voltam a se encaixar em patamares pr�ximos da normalidade do setor com o receio de encalhe. Com isso, apesar de as companhias a�reas indicarem aos clientes ser melhor efetuar as compras com pelo menos tr�s meses de anteced�ncia, neste caso, quem deixou para a �ltima hora pode se dar melhor.

O ritmo de compras das passagens tem sido bem acanhado. Em janeiro, 4% tinham sido compradas. Tr�s meses depois, o percentual triplicou, mas longe ainda de atingir a metade dos bilhetes dispon�veis. O �ltimo balan�o, divulgado ontem, mostra que 2,17 milh�es (18,9%) de passagens foram vendidas. A m�dia nacional � pr�xima de 80% de ocupa��o. As companhias disponibilizaram 11,5 milh�es de passagens para os 15 aeroportos das cidades-sede no per�odo de 6 de junho a 16 de julho. Do total, 850 mil passagens t�m o aeroporto de Confins como destino. Mas apenas 16,8% dos bilhetes que t�m o aeroporto mineiro como destino foram vendidos por enquanto. Ou seja, restam mais de 700 mil.

Levantamento feito pelo Estado de Minas de passagens no per�odo da Copa’2014 mostra que � poss�vel achar bilhetes por pre�os “razo�veis”. Ida e volta para o Rio de Janeiro com origem em BH, por exemplo, sai por R$ 254. Para Recife, as passagens saem por R$ 811. Se o destino escolhido � Salvador, pode-se encontrar passagem por R$ 699 para ir um dia antes do cl�ssico entre Espanha e Holanda na Fonte Nova, retornando no dia seguinte. Quem for para Fortaleza um dia antes do jogo entre Brasil e M�xico, dia 17 de junho, retornando tamb�m no dia seguinte, pode pagar R$ 1.342 pelos dois trechos. E mais: n�o � dif�cil achar rotas diretas. Segundo o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), nos tr�s primeiros meses do ano, o item passagem a�rea acumula quedas, com redu��o de 15,45%.

De acordo com a TAM, 80% das passagens vendidas para o per�odo t�m pre�os inferiores a R$ 500. Atualmente, metade dos bilhetes s�o vendidos abaixo deste valor, sendo que 30% t�m pre�o menor que R$ 200. A companhia diz, em nota, que a pol�tica tarif�ria � similar � de outras datas de alta demanda, como carnaval e f�rias. “Os pre�os variam de acordo com fatores como demanda, hor�rio de voos, antecipa��o da compra e tempo de perman�ncia no destino”, diz trecho do texto. No caso da Gol, a companhia diz que 85% das passagens podem custar at� R$ 499, se considerada a proximidade da data da viagem. O restante supera tal valor. Para aproveitar os pre�os, a empresa orienta que, al�m de anteced�ncia, o viajante permane�a pelo menos 10 dias no destino e compre ida e volta.



Perspectiva

A expectativa das empresas era que o volume de vendas fosse superior, mas avaliam que a tend�ncia � de aumento da procura daqui em diante, considerando que boa parte dos ingressos j� foi comercializada. Caso isso n�o se sustente, a Copa do Mundo pode ter efeito negativo para as a�reas. Isso porque, segundo a Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), devido � alta demanda tur�stica no per�odo da Copa do Mundo, a tend�ncia � que eventos corporativos sejam programados para outras datas, o que acarreta em queda consider�vel da compra de passagens no per�odo. Atualmente, no Brasil, entre 70% e 75% do tr�fego s�o do setor corporativo, al�m de esses passageiros terem t�quete m�dio mais caro. O progn�stico se baseia na experi�ncia de �frica do Sul, Alemanha e Imglaterra.

Segundo o gerente de Planejamento de Viagens e Produtos da Master Turismo, Felipe Dias, um dos motivos para a redu��o � o desbloqueio feito pelas ag�ncias da Fifa. Antes do an�ncio do pa�s que sediaria a Copa do Mundo, a entidade organizadora tinha feito uma reserva consider�vel de passagens e quartos de hotel para repassar aos convidados e patrocinadores. Depois de definidos os locais dos jogos e com demanda inferior � projetada, a federa��o cancelou as reservas. O mecanismo era parte dos contratos. “O evento est� chegando e jogaram tudo no ch�o. O pre�o est� legal. Estava tudo super caro”, afirma Dias. Ele conta que h� seis meses comprou passagem para Bras�lia para assistir � semifinal. Por trecho, pagou R$ 1 mil (R$ 2 mil no total). Dias atr�s, conseguiu ida e volta por R$ 400. “Cancelei a passagem, pedi o reembolso e comprei com os novos valores”, afirma ele, que economizou mais de R$ 1 mil. O irm�o fez o mesmo.

Esfor�o derrubou abusos

Entre as explica��es para o refresco no valor das passagens a�reas com a proximidade de a bola rolar na Copa do Mundo est�o a cota��o do d�lar, o aumento da oferta e a fiscaliza��o de abusos por parte dos �rg�os de defesa do consumidor. Depois de verificada a alta nos pre�os das passagens, uma s�rie de medidas foi adotada pelo governo federal para for�ar que os bilhetes invertessem o caminho. At� a abertura do mercado dom�stico para empresas estrangeiras durante o per�odo do evento esportivo entrou na pauta. Mas n�o passou de amea�a, depois de discutida a constitucionalidade da medida.

Em contrapartida, um rearranjo nos quadros do espa�o a�reo permitiu �s companhias incluir quase 2 mil novos voos durante a Copa. Al�m disso, foi criado um grupo para monitorar os pre�os das passagens a cada 15 dias, formado pela Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil e pela Secretaria Nacional do Consumidor, �rg�o ligado ao Minist�rio da Justi�a.

O �ltimo balan�o da equipe, referente a janeiro, mostra que, em m�dia, as passagens est�o 25% mais baratas que as ofertadas em outubro, quando teve in�cio o trabalho de fiscaliza��o. O pre�o m�dio cobrado era de R$ 481,43 para as passagens com origem ou destino em uma das 12 cidades-sede nos meses da Copa. Em novembro, subiu para R$ 491,33 e, em dezembro, oscilou para R$ 461,20. Em janeiro, depois de a Anac ter autorizado os novos voos e de terem sido definidos os palcos dos jogos, o valor caiu para R$ 361,33. N�o � toa, depois dessa redu��o, o percentual de vendas tamb�m aumentou. Segundo a Anac, “at� o momento, n�o foram verificados abusos”.

A cota��o do d�lar tamb�m � outro fator que ajuda na redu��o das passagens. Em dezembro, a moeda norte-americana valia R$ 2,35 ante o real. Ontem, estava a R$ 2,24. Segundo as empresas a�reas, aproximadamente 70% dos custos de um voo est�o atrelados ao d�lar. S�o eles o arrendamento de aeronaves, a manuten��o e o combust�vel.


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