O crescimento da economia dos EUA se desacelerou no primeiro trimestre de 2014 ao um dos ritmos mais fracos em cinco anos, tendo em vista que o inverno severo no pa�s aparentemente afetou os investimentos das empresas e a fraqueza em outros locais prejudicou as exporta��es.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual sazonalmente ajustada de 0,1% no primeiro trimestre, de acordo com dados do Departamento do Com�rcio. Economistas consultados pelo The Wall Street Journal haviam previsto uma expans�o a um ritmo de 1,1% para o trimestre.
A ampla desacelera��o no come�o deste ano parece ter interrompido a sequencia positiva observada em grande parte de 2013. No segundo semestre do ano passado, a economia cresceu a um ritmo de 3,4%. O crescimento na primeira leitura para o PIB nos tr�s meses at� mar�o ficou bem abaixo at� mesmo do avan�o anual m�dio de cerca de 2% observado desde que a recess�o acabou.
O relat�rio do PIB ofereceu o primeiro indicador oficial da produ��o da economia entre janeiro e mar�o, meses que foram afetados por um clima severo em grande parte do pa�s. As baixas temperaturas devem ter desacelerado os gastos dos consumidores em bens, que cresceram a um ritmo de 0,4% durante o trimestre. Mas as fam�lias gastaram mais em servi�os - incluindo energia para aquecer as suas casas e cuidados de sa�de - fazendo com que o consumo total das fam�lias subisse a um ritmo de 3,0%, apenas um pouco abaixo da taxa do quarto trimestre de 3,3%.
No entanto, os gastos das empresas em itens como equipamentos, edif�cios e propriedade intelectual recuou a um ritmo de 2,1% nos primeiros tr�s meses do ano. Essa foi a primeira queda em um ano e reverteu, em parte, o ganho de 5,7% no per�odo anterior. O abrandamento do investimento coincidiu com a contrata��o mais fraca durante o trimestre.
As exporta��es dos EUA ca�ram a um ritmo de 7,6% no primeiro trimestre. Essa foi a maior queda desde que a recess�o acabou. A baixa nas exporta��es mostram que as economias inst�veis da Europa e da �sia est�o gerando uma demanda fraca por bens e servi�os dos EUA. As importa��es para os EUA diminu�ram a um ritmo de 1,4%, refletindo a fraca demanda dos consumidores por produtos estrangeiros.
Os n�meros mais recentes mant�m um padr�o familiar. A recupera��o econ�mica do pa�s, que come�ou em meados de 2009, foi marcada tanto pela sua oscila��o quanto seu ritmo lento.
Em v�rios momentos, trimestres consecutivos fortes levantaram esperan�as de uma recupera��o acentuada, mas foram abalados por uma desacelera��o em seguida. Os ganhos totais foram muito fracos para baixar a taxa de desemprego, de acordo com normas hist�ricas. A taxa de desemprego ficou em mar�o em 6,7%, considerada ainda elevada.
No entanto, muitos economistas acreditam que o recuo do primeiro trimestre foi algo tempor�rio. Eles acreditam que a demanda desacelerou no inverno e pode se acelerar no ano.
Detalhes do relat�rio desta quarta-feira ofereceram certas evid�ncias de tal recupera��o. Os gastos dos consumidores em grande parte se sustentaram, registrando o segundo aumento trimestral mais forte desde 2010.
A mudan�a nos estoques privados subtraiu 0,57 ponto porcentual do crescimento, mostrando que as empresas deixaram a oferta recuar. Estoques fracos podem causar ind�strias a aumentar a produ��o futura a fim de atender a demanda.
A medi��o do PIB que exclui altera��es nos estoques teve uma expans�o a um ritmo de 0,7% no primeiro trimestre. Isso se compara com uma taxa de 2,7% no quarto trimestre.
Gastos totais do governo continuaram a ser um peso, mas os gastos federais fizeram uma contribui��o positiva para o crescimento pela primeira vez em seis trimestres. O ritmo de gastos do governo federal havia sido quase sempre um empecilho para o crescimento desde o final de 2010, porque as medidas de est�mulo decretadas durante a recess�o foram substitu�das por cortes no or�amento.
Com a ameniza��o do efeito de cortes no or�amento, os gastos federais devem impulsionar o crescimento este ano. Gastos federais aumentaram a um ritmo de 0,7% no primeiro trimestre em compara��o com um decl�nio de 12,8% no quarto trimestre de 2013, que incluiu uma paralisa��o de 16 dias do governo.