A produ��o industrial em Minas Gerais ainda n�o voltou ao n�vel anterior � crise de 2008, deflagrada pela quebra do banco americano Lehman Brothers, que tinha cerca de US$ 600 bilh�es em ativos em mais de 80 pa�ses. Estudo divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) revelou que o indicador est� 4,8% abaixo do observado em julho daquele ano. Em mar�o passado, no �ltimo m�s fechado pelo IBGE, a produ��o industrial em Minas caiu 0,2% no confronto entre mar�o e fevereiro. No Brasil, o recuo foi de 0,5% na mesma base de compara��o.
“Os resultados recentes para Minas Gerais mostram uma padr�o de irregularidade, com meses de crescimento seguidos por quedas, com alguns resultados bastante expressivos nas duas dire��es”, avaliou Ant�nio Braz, analista do IBGE. Dessa forma, acrescenta, o indicador subiu 4,1% no acumulado deste ano e 1,1% no acumulado de 12 meses encerrado em mar�o. Neste �ltimo m�s, destaque para a fabrica��o de m�quinas e equipamentos (18,2%), de coque e produtos derivados do petr�leo e de biocombust�veis (6,8%), de g�neros aliment�cios (5,4%) e t�xteis (6,0%).
No mesmo per�odo, por�m, o faturamento real da ind�stria mineira recuou 1,11%, segundo um estudo tamb�m divulgado ontem pela Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Os economistas da entidade, contudo, avaliam que o crescimento de outros dois indicadores sugerem a possibilidade de aumento nas vendas nos pr�ximos meses: “As vari�veis ligadas � produ��o – horas trabalhadas e utiliza��o da capacidade instalada – mostraram crescimento, podendo indicar aumento nas vendas para os pr�ximos meses”.
As horas trabalhadas subiram 1,37% entre janeiro e mar�o desse ano e o mesmo per�odo do exerc�cio anterior. Na mesma base de compara��o, a utiliza��o da capacidade instalada foi de 85,34% – crescimento de 2,08%. “No acumulado do primeiro trimestre, a massa salarial real cresceu 6,42% e o resultado foi homog�neo entre os setores – 11 dos 16 pesquisados mostraram eleva��o. O setor de produtos de minerais n�o met�licos apresentou a maior varia��o (37,92%) e tamb�m a maior influ�ncia (2,15 pontos percentuais)”.
Ainda segundo a Fiemg, o n�vel de emprego no setor declinou 0,17% no confronto entre o primeiro trimestre desse ano e o mesmo per�odo de 2013. Dos setores analisados, oito apuraram recuo, tendo o de petr�leo e biocombust�veis (-13%) liderado o ranking negativo.
APOSTA Na contram�o da queda da produ��o industrial, a italiana Ferrero, fabricante dos chocolates Ferrero Rocher, Kinder, Nutella e TicTac, anunciou ontem que vai investir R$ 200 milh�es em sua unidade de Po�os de Caldas, no Sul de Minas. O aporte, que ser� alocado at� 2015 e ir� gerar 100 postos de trabalho, permitir� � Ferrero dobrar sua capacidade de produ��o e construir um novo centro de distribui��o com 17 mil posi��es-palets.
“O Brasil � considerado estrat�gico para a Ferrero. E esse investimento nos permitir� acompanhar o crescimento na demanda por produtos de qualidade superior”, afirma Carlos Magan, respons�vel pelas opera��es da Ferrero no Brasil e no Cone Sul.