O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a energia el�trica ser� mais barata no pr�ximo ano porque haver� oferta de energia nova. Em audi�ncia na C�mara dos Deputados, nesta quarta-feira, o ministro reconheceu que a situa��o energ�tica era dif�cil e gerava preju�zos para algumas partes. "Agora conseguimos equil�brio", disse.
Mantega enfatizou, ainda, que n�o h� falta de energia el�trica no Pa�s. "O que falta � �gua em alguns lugares", disse. "Todos sabemos que houve falta de chuvas e ocasionou encarecimento da energia." "O governo federal definiu um modelo para que pud�ssemos dividir o �nus de arcar com aumento de pre�os entre v�rios segmentos envolvidos", falou.
Mantega lembrou que o governo previu no or�amento deste ano R$ 9 bilh�es para a Conta de Desenvolvimento Energ�tico (CDE). "Depois, verificamos que era poss�vel fazer um leil�o de energia que estava sobrando, que n�o tinha sido contratada", disse. "Fizemos leil�o ofertando nova quantidade para que distribuidoras pudessem contratar essa energia a um pre�o menor que aquele praticado no mercado. Com isso, suprimos parte do problema. Outra parte ser� compartilhada pelo governo, e tem a parte do consumidor, que pagar� parte dessa conta com tarifas que a seu tempo ser�o colocadas."
Distribuidoras
Mantega disse, ainda, que o governo ajudou a arquitetar a estrutura de financiamento das distribuidoras. "Elas se organizam na CCEE, uma esp�cie de c�mara de compensa��o. N�s ajudamos a montar financiamento privado, em condi��es de mercado, no qual participaram bancos p�blicos e privados e financiam R$ 11,2 bilh�es", disse.
O ministro falou ainda que as distribuidoras puderam pagar as geradoras e receber�o esse recurso ao aumentar as tarifas de forma escalonada, em dois anos. "Portanto, vai ficar no zero a zero. Foi a solu��o que encontramos para acomodar esse problema, que vai diminuir no ano que vem com nova oferta de energia barata, porque vencem contratos de concess�o", concluiu.
O ministro defendeu que a capacidade de gera��o de energia el�trica no Pa�s aumentou nos �ltimos anos, inclusive a possibilidade de transferir a energia que sobra numa regi�o para outro local.