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Estado de Minas

Bancos reduzem cr�dito a ve�culos


postado em 18/05/2014 10:01 / atualizado em 18/05/2014 12:12

Os grandes bancos seguiram reduzindo suas carteiras de cr�dito a ve�culos no primeiro trimestre deste ano e podem voltar a expandi-las apenas em 2015 a despeito das medidas de est�mulo em estudo pelo governo para impulsionar o volume de empr�stimos. O pacote de flexibiliza��es � visto com bons olhos pelo setor embora algumas institui��es j� tenham demonstrado que n�o devem mudar seu apetite neste segmento.

O banco que mais tem restringido a oferta de cr�dito para a compra de ve�culos � o Ita� Unibanco. A institui��o, que chegou a ter uma carteira de R$ 60 bilh�es no passado, registrou queda de 23,6% neste segmento no primeiro trimestre ante um ano, para R$ 37 bilh�es. Apesar disso, o banco foi l�der em concess�o de empr�stimos 0km no primeiro trimestre, quanto o prazo m�dio da carteira ficou em 39 meses e o porcentual m�dio de entrada subiu para 40%, o maior desde junho de 2011, quando estava em 28%.

A postura do banco est� em linha com a sua estrat�gia de emprestar em �reas de menor risco. O aperto nas condi��es de cr�dito t�m sido adotado pelos grandes bancos em geral ap�s o estrago que as linhas sem entrada e de 90 meses, gerou nos calotes. "Estes empr�stimos foram os principais fatores que contribu�ram para o aumento da inadimpl�ncia, que come�ou em 2011, com um pico em julho de 2012, de 7,23%", atentam Philip Finch, Frederic De Mariz e Mariana Taddeo, do UBS, em relat�rio ao mercado esta semana. Em mar�o �ltimo, conforme eles, os calotes, considerando os atrasos acima de 90 dias, chegaram a 5,04%, indicador menor, mas ainda bem acima do m�nimo hist�rico de 3,66% em mar�o de 2011.

Ao emprestar menos em ve�culos, o Ita� vem postergando o ponto de inflex�o, quando a origina��o de cada m�s superar os cr�ditos vencidos, da carteira que se arrasta desde o primeiro semestre de 2013. De acordo com Marcelo Kopel, da �rea de rela��es com investidores da institui��o, o banco espera voltar a cresc�-la apenas em 2015. "Nosso apetite de risco � dado. Medidas do governo podem desonerar, mas n�o mudam nosso apetite de risco", disse ele, em recente conversa com a imprensa, explicando que a retomada do bem � extremamente onerosa e demorada e que � um custo para o sistema. "Otimizar isso de alguma forma pode ser ben�fico para todos", acrescentou Kopel.

As medidas em estudo pelo governo, conforme antecipou o Broadcast, no m�s passado, incluem a retomada mais r�pida do ve�culo pelo banco em caso de inadimpl�ncia e a flexibiliza��o do cr�dito para opera��es de at� 60 meses, nas quais os bancos t�m de provisionar 75% do valor dos empr�stimos. Tamb�m est�o na pauta est�mulos para uma menor entrada na compra de um carro e a cria��o de um fundo garantidor, com aportes das institui��es financeiras, que deve complementar as garantias dos clientes.

Os bancos querem, segundo uma fonte de mercado, flexibiliza��o no compuls�rio do financiamento a ve�culos. Em 2012, o governo alterou as regras de recolhimento compuls�rio dos bancos para atender exclusivamente o setor automotivo. Entretanto, agora, o pedido pode n�o ser atendido, conforme a mesma fonte. A dificuldade de atender as solicita��es do setor automotivo e dos bancos postergaram para este m�s o an�ncio das medidas.


Nesta semana, o presidente da Federa��o Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, reuniu-se com o secret�rio-executivo do minist�rio da Fazenda, Paulo Caffarelli, para discutir as propostas. Pouco antes, Caffarelli recebeu o presidente da Associa��o Nacional de Ve�culos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, para debater as medidas. V�rias propostas est�o sendo estudadas, mas o governo n�o tem conseguido finaliz�-las no tempo esperado.

O Bradesco admite que ainda tem feito ajustes na sua carteira de cr�dito a ve�culos e espera que a mesma volte a crescer at� o final deste ano. Os empr�stimos para este fim somaram R$ 26 bilh�es nos tr�s primeiros meses do ano, queda de 13,6% em 12 meses. Segundo Luiz Carlos Trabuco Cappi, presidente do Bradesco, em entrevista ao Broadcast na semana passada, qualquer melhora por parte de medidas que incentivem o setor � "bem-vinda".

O Santander foi o �nico banco que elevou os empr�stimos neste segmento. A carteira total de ve�culos para pessoa f�sica da institui��o, que inclui as opera��es realizadas atrav�s de correspondentes banc�rios e pela rede ag�ncias, teve alta de 2,9% em doze meses, para R$ 34 bilh�es. Em contrapartida, foi o �nico banco a elevar os calotes no per�odo.

Entre os bancos estatais, o Banco do Brasil reduziu sua carteira em mais de 4% no primeiro trimestre, para cerca de R$ 35 bilh�es ante um ano. Segundo Ivan de Souza Monteiro, vice-presidente de Gest�o Financeira e de Rela��es com Investidores da institui��o, a queda na oferta de cr�dito a ve�culos � uma quest�o de demanda. Sobre as medidas em estudo pelo governo para estimular o segmento, ele afirmou, em conversa com a imprensa, que qualquer medida que diminua o custo operacional e melhore a rela��o comercial entre banco e consumidor � "sempre muito bem-vinda e ajuda".

Monteiro lembrou que a estrat�gia do BB � emprestar neste segmento para clientes da institui��o, o que diminui o risco de calotes. Ele disse ainda que fora das ag�ncias a oferta de recursos do BB para a compra de ve�culos � feita via o Votorantim. O mesmo molde � adotado pela Caixa Econ�mica Federal. Recentemente, o banco anunciou em parceria com o Pan (ex-Panamericano) para ofertar cr�dito a ve�culos.

A Caixa financiou no ano passado a compra de mais de 98 mil ve�culos, considerando apenas as opera��es feitas nas ag�ncias. Somando com os contratos firmados pelo Banco Pan, a carteira ultrapassou os R$ 8,6 bilh�es em 2013. "Temos apenas 10% da carteira de cr�dito a ve�culos do mercado e a parceria com o Pan � importante", afirmou Jorge Hereda, presidente da Caixa, em entrevista recente � imprensa. Colaborou Renata Ver�ssimo


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