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Estado de Minas

Copa movimenta procura por bolas e com�rcio comemora alta de 20% nas vendas

A terceira reportagem da s�rie " Neg�cio da Bola" revela os bons lucros assegurados pelas bolas de futebol em BH e SP


postado em 20/05/2014 06:00 / atualizado em 20/05/2014 07:57

O gerente da Esporte Ponto Com, Daniel Farjado Nemer Adou-Chalita, comemora a alta de 30% na venda de bolas de todas as marcas no primeiro trimestre(foto: Beto Magalhães/EM.D.A Press)
O gerente da Esporte Ponto Com, Daniel Farjado Nemer Adou-Chalita, comemora a alta de 30% na venda de bolas de todas as marcas no primeiro trimestre (foto: Beto Magalh�es/EM.D.A Press)
Belo Horizonte e S�o Paulo – Quinhentos e oitenta e tr�s quil�metros separam a Rua dos Caet�s, uma das vias mais tradicionais do Centro de Belo Horizonte e que abriga v�rias lojas de artigos esportivos, da 25 de Mar�o, o famoso corredor da �rea Central de S�o Paulo, cuja fama de mercadorias vendidas a pre�os baixos j� ultrapassou as fronteiras do Brasil. Tanto l� quanto c�, os comerciantes comemoram a chegada da Copa do Mundo com bons lucros assegurados pelas bolas de futebol. Esse � o tema da terceira reportagem da s�rie “O Neg�cio da Bola”, que o Estado de Minas publica desde domingo.

Cl�udio Costa, por exemplo, mostra o quanto as redondas engordam o faturamento de sua empresa, a Styllus, que funciona no in�cio da Rua dos Caet�s: “Compro essa bola de um distribuidor por R$ 11. A negocio por R$ 19,90. D� um lucro consider�vel (80,9%). Minha expectativa � que os neg�cios cres�am, com a chegada da Copa, em torno de 50%. O lucro s� n�o � maior porque n�o tenho como comprar do distribuidor em maior quantidade, o que iria baixar ainda mais o pre�o para mim. Se eu tivesse mais capital, teria como barganhar”.

Para melhorar, destaca ele, a maioria da clientela faz o pagamento � vista. Cl�udio negocia pelotas feitas na China, onde a Adidas monta a Brazuca, a bola oficial da Copa. As redondas feitas pela multinacional alem� podem ser encontradas em todas as capitais do Brasil. A Adidas n�o revela qual a expectativa de vendas da Brazuca em todo o globo, mas, em dezembro, durante o evento de apresenta��o da redonda, a empresa informou que o volume ser� pelo menos 10% maior que o da Jabulani, a bola oficial usada na Copa do Mundo da �frica do Sul e cujas sa�das giraram em torno de 3 milh�es de unidades.

"N�o sei como, mas eles conseguiram evitar que os chineses falsificassem a Brazuca. Em 2010, na mesma �poca, a 25 estava inundada de Jabulanis falsas", diz Marcelo Macena, gerente do Loj�o dos Esportes, em S�o Paulo (foto: Joao Marcondes/Esp.EM )
A Brazuca j� faz sucesso em v�rias lojas mineiras. Cerca de 200 unidades foram negociadas na unidade da Esporte Ponto Com da Caet�s, onde Daniel Fajardo Nemer Adou-Chalita ganha a vida como gerente. “J� estamos no terceiro lote. No primeiro trimestre, as vendas de bolas de todas as marcas subiram 30%”, calcula o rapaz. Apenas a t�tulo de curiosidade, o pre�o sugerido para a bola oficial � de R$ 399. H� outras vers�es, como a top replique, que � feita sem costuras, e cujo pre�o sugerido no mercado da capital mineira � de R$ 99.

Perto da Esporte Ponto Com funciona a Esquin�o dos Esportes, uma das principais lojas do Shopping Uai. A gerente de l�, Manuela Pereira Veloso, tamb�m destaca que as vendas subiram dois d�gitos em raz�o da proximidade da competi��o. “Notamos um aumento de 25% em rela��o � m�dia dos outros meses. Vendemos bolas nacionais e importadas”, disse a gerente, enquanto destacava o colorido das pelotas. As cores fortes se contrastam com as bolas das copas anteriores, sobretudo as da primeira metade do s�culo passado, feitas de couro de animais sem pintura.

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A Adidas, ali�s, se espelhou nas coloridas fitas do Senhor do Bonfim para fabricar as Brazucas. Quem quiser comprar bola oficial da Copa do Mundo tamb�m pode ir � 25 de Mar�o, na Regi�o Central de S�o Paulo. No Loj�o dos Esportes, ela sai por R$ 82 (a vers�o mais barata). O gerente Marcelo Macena informa que adquiriu 7 mil unidades, o dobro das encomendas feitas na �poca da competi��o na Copa da �frica do Sul. A sa�da tem sido muito boa e ele revela um dos motivos. “N�o sei como, mas eles conseguiram evitar que os chineses falsificassem a Brazuca. Em 2010, na mesma �poca, a 25 estava inundada de Jabulanis falsas”, explica.

Para o libanês Pierre Sfeir, a convocação da Seleção despertou no brasileiro o espírito do consumidor(foto: João Marcondes/Esp.EM )
Para o liban�s Pierre Sfeir, a convoca��o da Sele��o despertou no brasileiro o esp�rito do consumidor (foto: Jo�o Marcondes/Esp.EM )
Se existissem Brazucas falsas, custariam cerca de R$ 24. Como, por enquanto, n�o h�, os comerciantes comemoram a alta procura pelo produto oficial. Outro fato interessante citado por Marcelo � a mudan�a no perfil das bolas compradas em S�o Paulo. “Antes, vendiam-se muito as bolas para o terr�o, que quicam mais pela caracter�stica do campo”, explica. O terr�o costumava ser a gl�ria da v�rzea paulistana. “Mas os terr�es da Zona Leste, como o do Cor�nthians, acabaram. Hoje, s� se procura bola para o Society". S�o os novos tempos, padr�o Fifa-Itaquer�o.

Olho no lance!

S�o Paulo – Os logradouros que cortam a famosa 25 de Mar�o, no centro da metr�pole paulistana, s�o todos de nomes libaneses e arm�nios: Rua Comendador Afonso Kherlakian, Rua Cavalheiro Bas�lio Jafet, Pra�a Ragueb Chonfi. � para n�o deixar d�vidas: o com�rcio ali � a “lei”. E, se jogadores como J�, Victor e o zagueiro Henrique vibraram com a convocat�ria da sele��o brasileira, o mesmo aconteceu naquela regi�o. “Desde que o Felip�o soltou a lista, o povo come�ou a comprar feito doido ", comemora o liban�s Pierre Sfeir, que mora h� 40 anos no Brasil, mas preserva um simp�tico sotaque. Sua loja, a Festa e Fantasias, transformou-se num reino encantado verde-e-amarelo. Ali encontra-se a bola mais barata na regi�o da 25.

Pelos corredores estreitos da Armarinhos Fernando, que tem quatro unidades perto da loja de Sfeir e onde produtos entulhados caem em sua cabe�a, encontra-se os itens mais variados em verde e amarelo: do Fuleco e brinquedos, passando por lingeries e bijouterias. O n�mero de encomendas ali foi 20% a mais que na Copa da �frica. E, para Ondamar, n�o ser� dif�cil vend�-los. “O brasileiro est� deixando tudo para a �ltima hora, o baixo astral vai ficando para tr�s.”

Al�m das bolas, o item que mais est� saindo na Armarinhos Fernando at� agora � a corneta. “Se continuar assim, os gringos v�o ficar todos surdos durante a Copa”, comenta o vendedor Jorge Siqueira Goulart. “Chega essa �poca e tudo que � verde e amarelo vende muito”. (JM)


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