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Estado de Minas

Com infla��o em alta, consumidor perde poder de compra

Neste primeiro trimestre, o consumo das fam�lias recuou pela primeira vez desde 2011, com queda de 0,1% em compara��o com os �ltimos tr�s meses do ano passado


postado em 31/05/2014 06:00 / atualizado em 31/05/2014 11:55

O crescimento da infla��o e os juros altos empobreceram o consumidor brasileiro. Neste primeiro trimestre, o consumo das fam�lias recuou pela primeira vez desde 2011, com queda de 0,1% em compara��o com os �ltimos tr�s meses do ano passado. E a expectativa dos especialistas para 2014 est� longe de ser otimista. Nem mesmo os sucessivos aumentos da taxa de juros devem segurar a alta dos pre�os, e a inadimpl�ncia do consumidor deve tornar o cr�dito ainda mais dif�cil. Hoje, quase metade da renda dos brasileiros (45%) est� comprometida com d�vidas, segundo o Banco Central.


Para os economistas, a estrat�gia utilizada pelo governo – desde a era Lula – para estimular o crescimento do pa�s, por meio do consumo, demonstra cada vez mais sinais de esgotamento. Tanto que o resultado fraco no primeiro trimestre n�o surpreende. “J� esper�vamos uma taxa bem pr�xima de zero. Mas, apesar de ter ficado em linha com as previs�es, tivemos confirma��o de atividade fraca da ind�stria, queda no consumo e no investimento. � poss�vel ver sinais mais claros de arrefecimento e n�o h� ind�cios de mudan�as consistentes no cen�rio macroecon�mico”, comenta Flavio Serrano, economista-s�nior do Esp�rito Santo Investment Bank.


O consumo das fam�lias inclui os setores de com�rcio e servi�os, ambos com desempenhos fracos. As vendas no com�rcio tiveram o pior resultado desde o �ltimo trimestre de 2008, segundo a Confedera��o Nacional do Com�rcio (CNC). O setor de servi�os cresceu 0,4% em rela��o aos �ltimos tr�s meses de 2013. Os resultados ruins quando o assunto � consumo geram impacto direto sob o Produto Interno Bruto (PIB): neste trimestre, o valor movimentado nessa rubrica representou 65% do PIB.


O economista da CNC F�bio Bentes considera o cen�rio futuro preocupante. Para ele, apesar de os pre�os terem come�ado a arrefecer no com�rcio, n�o h� qualquer perspectiva de queda dos valores cobrados pelo setor de servi�os. “A infla��o dos bens est� mais comportada, convergindo para valores mais baixos. Seria necess�rio que os servi�os tamb�m esfriassem, mas deve ter uma press�o por conta da Copa do Mundo e h� uma tend�ncia de que esses pre�os aumentem. N�o vejo a infla��o ceder em curto prazo”, comenta.


A empres�ria C�ssia Toledo conta que recentemente fez um reforma na sua casa, mas que est� adiando a compra da nova mob�lia e eletrodom�sticos. A prioridade, segundo ela, seria uma televis�o para o quarto, mas com os pre�os nas alturas, ela afirma que vai esperar a Copa do Mundo passar para rever os gastos. “Est� tudo t�o caro. Sempre vejo as propagandas de televisores em promo��o, mas os pre�os parecem os mesmo ou at� mais altos”, afirma ela que ainda diz que n�o sabe se o melhor neg�cio � esperar.


A tradutora Maria Clara Boelsums conta que para reduzir os gastos e o consumo, ela vai ao Centro de Belo Horizonte fazer compras. “� tudo mais barato e com mais variedade”, revela. Ainda segundo a tradutora, compras de pe�as de roupas, sapatos e outras despesas s� fazem parte do or�amento em ocasi�es especiais. “Renovar o guarda-roupa agora s� quando tem uma festa, mesmo assim quando nenhum das roupas que j� tenho � adequada para o evento”, completa.


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