A Copa do Mundo salvou pelo menos dois segmentos das perdas generalizadas verificadas pela ind�stria nos �ltimos meses. A expectativa pelo mundial de futebol aumentou a fabrica��o de televis�es e bebidas, num momento em que a produ��o industrial nacional amarga uma retra��o de 5,8% em abril, em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior. Os dados s�o da Pesquisa Industrial Mensal: Produ��o F�sica, divulgados nesta quarta-feira, 04, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
"O evento em si justificaria a maior produ��o em fun��o da expectativa de consumo um pouco maior nesse per�odo", explicou Andr� Macedo, gerente da Coordena��o de Ind�stria do IBGE.
Os eletrodom�sticos da linha marrom, que incluem os aparelhos de televis�o, registraram aumento de 20,9% na produ��o em abril, em rela��o ao mesmo m�s de 2013. Foi o �nico destaque positivo na categoria de bens dur�veis, que teve recuo de 12% no mesmo per�odo.
"Aqui, nitidamente a alta da linha marrom � puxada pela produ��o de TVs. O fator Copa do Mundo � preponderante para explicar essa expans�o. N�o tem como dissociar uma coisa da outra", afirmou Macedo.
No caso de bens de consumo semi e n�o dur�veis, que tiveram retra��o de 3,9% em abril ante abril do ano passado, a fabrica��o de bebidas subiu 2,5%.
"Cerveja, chope e refrigerantes est�o impulsionando o resultado, o que tem rela��o com o evento. � um setor que vinha com comportamento predominantemente negativo, com impostos encarecendo o bem final. Ent�o o setor trabalha mais com a expectativa de um aumento na demanda por conta do evento do que propriamente um aumento do consumo", declarou o gerente da pesquisa.
No ano, o aumento na produ��o de bebidas alco�licas foi de 3,6%, enquanto que a fabrica��o de n�o alco�licos expandiu 0,3%. "Ou seja, claramente aqui, s�o a cerveja e o chope que est�o com maior press�o", disse Macedo.
J� o grupamento de eletrodom�sticos da linha marrom, encabe�ado pelos aparelhos de televis�o (que respondem por 70% do grupo), deu um salto na produ��o de 42,7% de janeiro a abril deste ano.
"� muito mais a expectativa que se tem de um consumo maior que fez com que a ind�stria investisse numa produ��o para atender a essa demanda maior", contou o gerente.