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Estado de Minas

Gol realiza primeiro voo de uma s�rie de 200 com biocombust�vel

A estimativa � que o uso de biocombust�vel para avia��o reduz em 80% as emiss�es em rela��o ao combust�vel f�ssil


postado em 04/06/2014 14:07 / atualizado em 04/06/2014 19:46

A empresa a�rea Gol lan�ou nesta quarta-feira, o primeiro voo comercial abastecido com mistura de biocombust�vel do pa�s. O voo partiu do aeroporto Santos Dummont, no Rio, em dire��o a Bras�lia. A iniciativa integra o planejamento de outros 200 voos que usar�o a mistura de componentes durante a Copa do Mundo, nos meses de junho e julho. A 'blend' (mistura) � de 4% de bioquerosene de avia��o produzido a partir de uma mistura de ICO (�leo de milho n�o-comest�vel proveniente da produ��o de etanol de milho) e OGR (�leos e gorduras residuais) pela UOP-Honeywell. A expectativa da empresa � reduzir em 220 toneladas as emiss�es de carbono com a redu��o no consumo de combust�veis f�sseis.

A iniciativa � uma esp�cie de "legado ambiental" para o torneio. Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o pa�s � o primeiro a ter 100% das emiss�es de carbono relacionadas diretamente ao evento mitigadas. "� a primeira Copa Verde e a Fifa passa a adotar essa pr�tica como uma refer�ncia para os pr�ximos torneios. A marca de baixo carbono do pa�s � a �nica que poder� ser associada ao evento, ao lados dos patrocinadores", destacou Izabella.


A estimativa � que o uso de biocombust�vel para avia��o reduz em 80% as emiss�es em rela��o ao combust�vel f�ssil. As emiss�es dos deslocamentos a�reos s�o chamadas de "indiretas" em rela��o ao torneio. Nesse aspecto, segundo a ministra, ainda faltam 40% das emiss�es a serem reduzidas. "N�s somos o Pa�s que mais reduz as emiss�es, sem custo e voluntariamente. Em rela��o �s redu��es no setor florestal, as emiss�es que cortamos representa toda a produ��o do Reino Unido", destacou Izabella.

O voo foi abastecido com querosene de avia��o com uma mistura de 4% de biocombust�vel, produzido a partir de �leo de milho, gorduras n�o vegetais. Ao todo ser�o usados mais de 2 milh�es de litros do combust�vel nos deslocamentos da Sele��o Brasileira e em voos comerciais da companhia, partindo do Aeroporto do Gale�o, no Rio. "Essa iniciativa coloca a companhia na lideran�a mundial na redu��o das emiss�es de carbono. Esperamos incorporar a tecnologia em voos comercial com o biocombust�vel j� a partir de 2015", destacou o diretor executivo de opera��o da Gol, Sergio Quito.

Isen��o

Durante o evento, o governo, empresas a�reas e associa��es de produtores de biocombust�vel assinaram um protocolo de inten��es para estudar a amplia��o do programa nos voos comerciais do Pa�s. Segundo o presidente da Associa��o Brasileira das Empresas Aereas (Abear), Eduardo Sanowicz, para ampliar a escala da iniciativa e tornar o uso dos biocombust�veis sustent�veis, ainda � preciso reduzir em cerca de 30% o custo da bioquerosene.

"Temos compromisso internacional de reduzir � metade as emiss�es at� 2050. O fator t�cnico est� praticamente conclu�do, mas ainda n�o o aspecto econ�mico. Essas conversas procuram encontrar as condi��es para torn�-lo vi�vel", afirmou Sanowicz.

O diretor da Gol, S�rgio Quito, defendeu a desonera��o e redu��o de ICMS para acelerar a implanta��o do combust�vel na malha vi�ria. "Para incluir nos voos j� em 2016, seria necess�rio discutir uma redu��o total ou parcial do imposto. Isso � fundamental para ampliar a escala, tornar o neg�cio sustent�vel e atender �s exig�ncias internacionais. O desenvolvimento do biocombust�vel traz enormes benef�cios ambientais, mas tamb�m estrutura uma cadeia de valor no pa�s", destacou.

O consultor Arnaldo Vieira de Carvalho, que representou o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no evento, destacou a import�ncia econ�mica da medida. Segundo ele, a estrutura��o do setor fortalece os produtores agr�colas, gera empregos e desenvolvimento tecnol�gico, tornando o Pa�s capaz de atender tamb�m ao mercado internacional. "Aqui � o lugar mais promissor para ind�stria de bioquerosene se desenvolver e atender n�o s� ao mercado interno."

Na avalia��o da ministra do meio ambiente, o di�logo com os produtores, empresas e governo est� aberto para defender o melhor modelo para o setor. "Este � um processo pol�tico que demanda envolvimento do setor financeiro para ado��o da tecnologia nacional. Estamos propondo uma repactua��o da leitura das emiss�es, olhando para o processo econ�mico, dentro da realidade do mercado", afirmou.


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