O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta ter�a-feira, que os choques de pre�os nos alimentos, observados no in�cio do ano, est�o se "dissipando e revertendo", inclusive com registro de redu��o de pre�os no atacado que come�a a se traduzir em benef�cio para o consumidor. As afirma��es foram feitas em uma entrevista ao �rg�o interno de comunica��o chamado Conex�o Real, publicada no site da institui��o.
Segundo Tombini, ocorre, atualmente, o realinhamento de dois pre�os relativos. O primeiro, na vis�o dele, � o das taxas de c�mbio de moedas de economias emergentes e avan�adas. Ele explicou que no caso do Brasil esse movimento tem sido observado nos �ltimos dois anos. O segundo � o realinhamento entre os pre�os administrados e os pre�os livres. No texto divulgado no site da institui��o, ele frisou que esse realinhamento entre pre�os livres e administrados j� est�o em curso.
"Ajustes de pre�os relativos s�o frequentes e t�m impactos diretos sobre a infla��o, mas cabe � pol�tica monet�ria conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes", afirmou Tombini. O presidente do BC disse ainda que para combater press�es de pre�os as condi��es monet�rias foram apertadas, mas os efeitos da eleva��o da taxa Selic sobre a infla��o, "em parte", ainda est�o por se materializar.
O presidente do BC ainda se declarou convencido de que a infla��o tende a entrar em converg�ncia para a meta, a despeito de previs�es piores da institui��o para 2014, divulgadas no �ltimo Relat�rio Trimestral de Infla��o, que espera alta de 6,4% no IPCA ao fim do ano e v� chance de 46% de estourar o limite de toler�ncia, de 6,5%. "Gostaria de reafirmar que, mantidas as condi��es monet�rias, a infla��o tende a entrar em trajet�ria de converg�ncia para a meta ao longo do horizonte relevante para a pol�tica monet�ria", afirmou.
Ele destacou que, em momentos como o atual, onde a infla��o acumulada em 12 meses ainda mostra resist�ncia, "a pol�tica monet�ria deve se manter vigilante para mitigar riscos". O presidente vem falando que a institui��o tem de ficar vigilante h� meses. Na �ltima vez em que esteve na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado, em mar�o, usou a express�o repetidas vezes.