O Departamento Econ�mico do Ita� Unibanco prev� manuten��o da taxa b�sica de juros (Selic) em 11% neste e no pr�ximo ano mesmo com a previs�o de que a taxa de infla��o encerrar� 2014 e 2015 em 6,5%. � o que informa o banco em relat�rio enviado a clientes. A explica��o dos economistas do banco � a de que a Selic em 11% est� em linha com as diretrizes do Relat�rio Trimestral de Infla��o (RTI) divulgado pelo Banco Central (BC) em junho.
Ainda de acordo com o documento, o IPCA na contagem de 12 meses acumulados dever� permanecer acima do topo do intervalo de toler�ncia da meta de infla��o neste m�s, definido em 6,5%. Em junho, o IPCA atingiu o patamar de 6,52% no per�odo de 12 meses, apesar de na base mensal ter subido 0,40%, ou 0,06 ponto porcentual menos que a alta de
"A nossa proje��o preliminar para o m�s de julho indica infla��o de 0,15%. O recuo na infla��o mensal viria, em grande parte, da desacelera��o dos grupos transportes e despesas pessoais, em fun��o da revers�o das altas de passagens a�reas e hot�is. Por outro lado, o grupo Habita��o deve exercer press�o adicional, refletindo o reajuste na tarifa de energia el�trica em S�o Paulo", observaram.
Para o Ita� Unibanco, mesmo com infla��o mensal recuando na margem, a taxa em 12 meses do IPCA deve subir para 6,65% em julho e se manter pr�xima deste n�vel at� o m�s de novembro.
C�mbio
O Ita� Unibanco reduziu tamb�m sua proje��o de c�mbio para o final deste ano de R$ 2,45 para R$ 2,40. Tamb�m foi reduzida a previs�o do c�mbio para o pr�ximo ano, de R$ 2,55 para R$ 2,50. "Revisamos a nossa proje��o de c�mbio para R$ 2,40 no fim de 2014, ante R$ 2,45, e para R$ 2,50 no fim de 2015, de R$ 2,55", disseram os economistas do Ita� Unibanco.
De acordo com eles, "ainda que o real permane�a em um n�vel mais apreciado no curto prazo, a nossa avalia��o � de que a economia norte-americana deva come�ar a mostrar sinais de recupera��o no segundo semestre e que isso v� se refletir no aumento dos (juros dos) Treasuries at� o fim do ano, tornando as aplica��es em t�tulos p�blicos norte-americanos mais atraentes", explicaram.
Ainda segundo eles, para o fim de 2014, o banco espera uma deprecia��o do real em fun��o de um fluxo menor de capitais para o Brasil e de eventos internos (por exemplo, as elei��es), que devem trazer maior volatilidade aos mercados.
D�ficit em conta corrente
O Ita� manteve para 2014 a sua proje��o de d�ficit em conta corrente em 3,7% na propor��o do Produto Interno Bruto (PIB), mas elevou de 2,9% para 3,2% o resultado negativo esperado para o pr�ximo ano. Os n�meros se inserem em um cen�rio em que a balan�a comercial dever� entregar ao Pa�s um super�vit de US$ 1,4 bilh�o. A proje��o anterior era de um saldo positivo de US$ 1,5 bilh�o.