(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Donos de im�veis faturam alto alugando casas para turistas da Copa

Alguns propriet�rios conseguiram elevar renda com loca��o para os torcedores. Mas houve quem investiu e n�o recebeu nenhum estrangeiro


postado em 12/07/2014 06:00 / atualizado em 12/07/2014 07:26

Renata Ávila Yanni,supervisora de varejo, que alugou casa no período da competição:
Renata �vila Yanni,supervisora de varejo, que alugou casa no per�odo da competi��o: "Acabei criando an�ncios e gerenciando outros alugu�is. Fechamos bons pre�os" (foto: Renata �vila Yanni/Divulga��o )

Nos preparativos para a Copa do Mundo, enquanto as aten��es se voltavam para as obras nos est�dios e de mobilidade urbana, muitos moradores de �reas pr�ximas ao Mineir�o, em regi�es na Zona Sul de Belo Horizonte com acesso f�cil ao est�dio e em cidades da Grande Belo Horizonte, enxergaram no fluxo de torcedores uma oportunidade de ganhar dinheiro. Passado o Mundial, o resultado fora do campo foi bola dividida entre os que lucraram com a invas�o dos estrangeiros na capital mineira nos �ltimos 30 dias e os que viram seus planos se frustrarem.

O fot�grafo L�o Drumond decidiu alugar seu apartamento de tr�s quartos no Bairro Anchieta, Regi�o Centro-Sul da capital, para os turistas que vieram a Belo Horizonte para assistir aos jogos da Copa do Mundo por meio do site internacional especializado. Com isso faturou cerca de R$ 14 mil. A di�ria cobrada ficou entre R$ 800 e R$ 900. “No in�cio do Mundial aluguei para um grupo de amigos colombianos, depois para uma fam�lia de brasileiros que mora nos Estados Unidos, e na semifinal para um casal de S�o Paulo que ficou por duas semanas e por isso recebeu um desconto”, diz.

Antes de alugar, ele equipou a casa com micro-ondas e fez manuten��o em alguns pontos que precisavam. Como a experi�ncia deu certo, ele j� pensa em alugar seu apartamento em outras datas. “Como moro sozinho, se pintar uma oportunidade saio de casa e alugo”, disse. An�ncios bemfeitos, ajudam, afirma. “Sou fot�grafo e meu an�ncio ficou muito bonito. Al�m disso, inclu� muita informa��o, expliquei o que tem de bom pr�ximo ao pr�dio e todas as vantagens do apartamento”, disse.

Mais de um A pesquisadora e professora de cinema L�dia Melo tamb�m alugou seu apartamento localizado no mesmo bairro. De in�cio os h�spedes seriam tr�s australianos, indicados por conhecidos, que pagaram pela reserva de hospedagem, mas eles desistiram. “Anunciei num site internacional e imediatamente surgiram outras pessoas interessadas. Aluguei primeiro para tr�s colombianos e depois para tr�s americanos. Foram ao todo 20 dias, com retorno de R$ 7 mil. “Com esse dinheiro viajei para a Hungria, Praga e Berlim”, disse. J� a supervisora de varejo Renata �vila Yanni conta que recebeu turistas h� mais tempo. Ela diz que sempre gostou de viajar e num desses passeios voltou descapitalizada. Foi a� que surgiu a ideia de alugar a pr�pria casa.

“N�o tinha muita esperan�a, mas a demanda surgiu muito antes da Copa do Mundo. Antes do Mundial, como as pessoas j� sabiam que eu fazia isso, acabei administrando o aluguel de outras resid�ncias. “Acabei criando an�ncios e gerenciando outros alugu�is. Fechamos bons pre�os”, diz a supervisora, que n�o revela quanto faturou na temporada. Segundo ela, por�m, os pre�os das di�rias variaram entre R$ 390 e R$ 5.000 por pessoa, dependendo do padr�o e da localiza��o. “Entre os im�veis havia desde casa com piscina, cozinheira e motoristas a apartamentos de dois quartos no Bairro Luxemburgo”, explica. Renata conta que mora no Bairro Prado e que fez uma reforma em seu apartamento de 250 metros quadrados (m2), dividindo-o em dois. “J� tenho reserva para agosto e setembro”, comemora.

Tentativas frustradas

Mas nem todos os moradores que planejaram um lucro extra com a invas�o de estrangeiros em Belo Horizonte e cidades vizinhas conseguiram alugar seus im�veis. A professora universit�ria Nathali Gasbarro anunciou seu apartamento de 80 m2) na Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Sion, recebeu muitas propostas, mas no fim desistiu porque a demanda era de no m�ximo uma semana e ela queria alugar por 20 dias corridos. “Teria que deslocar minha casa inteira, era muita fun��o”, justifica. Para a semifinal em BH, o pessoal queria alugar por uma semana. “N�o aluguei porque n�o quis, mas n�o me arrependi. Recebi amigos em casa e nos divertimos”, disse.

J� Maria do Carmo Freitas, de 54 anos, bem que tentou: “Procurei duas imobili�rias para intermediar a loca��o, mas n�o houve procura”. A resid�ncia em que ela mora, no Bairro Itapu�, na Pampulha, est� a tr�s quil�metros do Mineir�o e tem tr�s quartos, sendo duas su�tes. Nem mesmo a piscina e uma �rea que poderia ser usada para churrasco despertaram a aten��o dos visitantes que acompanharam as onze sele��es, al�m do Brasil, que jogaram no Mineir�o. Em fevereiro, ela pretendia alugar o im�vel, durante todo o per�odo da Copa do Mundo por um pre�o entre R$ 30 mil e R$ 40 mil. Depois abaixou o valor da oferta: “Pedi R$ 20 mil, mas ningu�m chegou a olhar”.

O empres�rio Cl�ber Juarez Machado Furbino, de 44, tamb�m se esfor�ou para alugar as sete su�tes da fazenda que arrendou, a 15 quil�metros do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, e a cerca de seis l�guas do Mineir�o. A �rea de 60 hectares conta com cinco lagoas, barcos, bicicletas e cavalos, al�m de muito verde e nascente d’�gua. Os atrativos, por�m, n�o foram suficientes para atrair os turistas. Ele chegou a enviar e-mails para chilenos, argentinos e colombianos.

Persist�ncia As tr�s sele��es disputaram partidas no Mineir�o, sendo que as duas primeiras ficaram concentradas na Grande BH – a Argentina treinou na Cidade do Galo, em Vespasiano, e o Chile na Toca da Raposa II, na capital. “Acredito que os torcedores estrangeiros quiseram ficar na regi�o da Savassi, no meio do agito. Se fosse em Ouro Preto, contudo, acredito que teria alugado tudo, pois os visitantes tamb�m gostaram de ir para a cidade hist�rica”, disse o empres�rio, que pensou em cobrar uma di�ria em torno de R$ 1,5 mil.

O valor, al�m de lazer como pescaria e passeios a cavalo e em bicicletas, inclu�a caf� da manh�, almo�o e um caldo � noite. O empres�rio estava disposto a fazer o traslado do hotel para o est�dio da Pampulha. Apesar de o aluguel n�o ter dado certo, ele planeja transformar o local num hotel fazenda.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)