Com R$ 3,74 bilh�es de im�veis novos em estoque, a incorporadora PDG, que est� entre as maiores do Pa�s, vai come�ar neste fim de semana uma campanha nacional para vender uma parte dessas unidades, com descontos de at� 30%. O feir�o da PDG ter� dura��o de 30 dias e ser� anunciado em propaganda no intervalo do programa Fant�stico, durante hor�rio nobre, na noite de domingo.
A regi�o Sudeste concentra 56,7% do estoque da PDG. O restante est� espalhado em regi�es onde a incorporadora optou por reduzir sua presen�a ou sair completamente, como Nordeste (17,1%), Norte (11,5%), Sul (8,4%) e Centro-Oeste (6,3%). “Vai ser uma campanha com descontos para todos os empreendimentos”, disse Ant�nio Guedes, diretor de opera��es da PDG, em entrevista ao Broadcast, servi�o em tempo real da Ag�ncia Estado. “Os descontos ser�o mais agressivos nas pra�as em que j� anunciamos que n�o temos mais planos de atuar”, afirmou o executivo, citando Goi�nia, Cuiab�, Campo Grande e Manaus.
No ano passado, a empresa anunciou um plano de reestrutura��o, que envolvia foco dos neg�cios na regi�o Sudeste.
Tend�ncia
Desovar im�veis em estoque n�o � exclusividade da PDG. Essa � uma tend�ncia, principalmente entre as grandes construtoras e incorporadoras de capital aberto, que nos �ltimos anos cresceram demais e tiveram de reestruturar suas opera��es - deixando pra�as pouco rent�veis ou tendo de revender im�veis cujos compradores perderam a capacidade de entrar em financiamentos.
No fim do primeiro trimestre, por exemplo, seis grandes companhias de capital aberto (Rossi, Cyrela, Gafisa, Brookfield, Even e MRV) somavam estoques de im�veis avaliados em R$ 23,7 bilh�es de reais - 10,2% mais que nos primeiros tr�s meses de 2013.
As construtoras est�o tamb�m mais r�gidas na aprova��o das vendas para evitar que, no momento do repasse, os bancos n�o concedam cr�dito aos compradores, gerando novos cancelamentos de vendas, os chamados distratos.
Futuro
A PDG n�o tem meta oficial de novos projetos para o ano, que deve totalizar lan�amentos em n�vel muito parecido com os de 2013, quando atingiram R$ 2 bilh�es, afirmou o executivo. “N�s n�o anunciamos meta e n�o temos o compromisso de lan�ar. S� vamos fazer, se o mercado estiver bom. Caso contr�rio vamos esperar”, disse Ant�nio Guedes.
A PDG foi uma das que mais sofreu na crise que se abateu sobre o setor imobili�rio nos �ltimos dois anos. Nesse per�odo, ela mudou sua equipe de executivos, reduziu drasticamente suas opera��es e caminha para sanar sua situa��o financeira no per�odo de dois a tr�s anos.
A d�vida l�quida da PDG no fim do segundo trimestre era de R$ 7,1 bilh�es. A alavancagem (rela��o entre d�vida e patrim�nio l�quido) est� em 138%. “A entrega das obras ser� o principal motivo para a virada do caixa. Temos menos de 150 canteiros de obras. Ser�o 60 no in�cio de 2015”, afirma Guedes.
No �ltimo trimestre, a incorporadora teve preju�zo de R$ 135,3 milh�es. A receita foi de R$ 925,9 milh�es.