Depois de 79 dias de greve, os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) retornaram hoje (13) ao trabalho. Pela manh�, foram assinados dois acordos entre a dire��o do instituto e representantes do Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Funda��es P�blicas Federais de Geografia e Estat�stica (Assibge).
Um se refere � cria��o de grupos de trabalho, acertados na semana passada, para gerar uma proposta de plano de carreira a ser analisada pelo pr�ximo governo e para discutir a propor��o de trabalhadores tempor�rios no instituto. O outro diz respeito ao acerto feito na reuni�o da �ltima sexta-feira (8), pelo qual o IBGE concorda em pagar os sal�rios descontados desde o in�cio da greve e os funcion�rios se comprometem a repor os dias n�o trabalhados. Este acordo tamb�m ser� assinado pela Secretaria de Rela��es do Trabalho, do Minist�rio do Planejamento.
De acordo com a diretora do sindicato Suzana Lage Drummond, a categoria recuou diante da “postura extremamente arbitr�ria” da dire��o do IBGE. “Considerando que a nossa greve j� estava com 79 dias e que n�s est�vamos j� com os sal�rios cortados de maio e junho, e iriam efetuar o pr�ximo corte do sal�rio; considerando a liminar para tentar multar o nosso sindicato em R$ 200 mil; considerando as demiss�es dos trabalhadores tempor�rios e que amea�avam demitir mais trabalhadores ainda; e com o direito de greve sendo questionado, o que � bastante dram�tico; n�s resolvemos recuar”, explicou.
Foram feitas assembleias regionais ontem (12) e anteontem (11), com o indicativo de retomar ao trabalho, o que foi aprovado. Suzana afirma que a categoria continua mobilizada: “N�s seguiremos na luta pela democratiza��o do IBGE, por um modelo coletivo de gest�o, e n�o calcado em um modelo gerencialista, centrado em modelos de competi��o, de pr�tica de ass�dio moral sobre as pessoas, unilateral”.
De acordo com o IBGE, ainda n�o h� previs�o de quando ser� divulgado um balan�o das pesquisas prejudicadas pela greve. Mas, conforme informou na semana passada a presidenta do instituto, Wasm�lia Bivar, as que est�o mais atrasadas s�o a Pesquisa Mensal de Emprego - nas regi�es metropolitanas de Salvador e Porto Alegre - e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio Cont�nua em seis estados. As pesquisas conjunturais do IBGE n�o deixaram de ser feitas.