A Petrobras divulgou nesta quarta-feira, posicionamento em que "refuta veementemente" as informa��es de que a presidente da companhia, Gra�a Foster, tenha feito "qualquer movimenta��o patrimonial com o intuito de burlar a decis�o do TCU". No �ltimo dia 23 de julho, o Tribunal de Contas da Uni�o determinou o bloqueio de bens de diretores da estatal responsabilizados pelo preju�zo de US$ 792,3 milh�es com a compra da Refinaria de Pasadena.
Reportagem do portal do jornal O Globo desta tarde afirmou que no dia 20 de mar�o a executiva teria transferido dois im�veis no Rio de Janeiro para seus filhos. Um terceiro im�vel teria sido transferido tamb�m para o filho em abril. Al�m dela, o ex-diretor da �rea Internacional, Nestor Cerver�, tamb�m transferiu tr�s im�veis a familiares 45 dias antes da determina��o do bloqueio de seus bens pelo Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), segundo confirmou seu advogado.
De acordo com a nota encaminhada pela Petrobras, Gra�a Foster n�o era citada na decis�o do TCU do dia 23 de julho. O comunicado tamb�m ressalta que a executiva j� providenciava a doa��o dos im�veis desde junho de 2013.
"Documentos pessoais da presidente da companhia comprovam que, desde junho de 2013, ela j� vinha providenciando a documenta��o necess�ria para a lavratura das Escrituras de Doa��o de Bens Im�veis aos seus filhos com Cl�usula de Usufruto", diz o documento. "� importante frisar que doa��es de bens s�o atos leg�timos, previstos em lei e objetivam evitar futuros conflitos entre herdeiros", completa.
A companhia tamb�m descreve os procedimentos realizados pela presidente Gra�a Foster para a doa��o dos im�veis, sendo eles avalia��o, obten��o de certid�es, verifica��o do valor de tributos, elabora��o de minutas das escrituras e formaliza��o da transfer�ncias, "culminando todos esses atos em 20 de mar�o e 9 de abril de 2014", afirma a nota.
A nota da Petrobras ressalta que a decis�o do TCU sobre o bloqueio de bens de "potenciais respons�veis por supostos danos ao patrim�nio da companhia" ainda ser� submetida a apura��o no �mbito de Tomada de Contas Especial antes de uma condena��o formal.
Hoje, o Tribunal voltou a adiar o julgamento sobre a inclus�o da atual presidente da Petrobras entre os diretores responsabilizados pela compra da refinaria de Pasadena. Gra�a Foster era diretora de G�s e Energia durante o processo de aquisi��o da refinaria, mas n�o foi citada no ac�rd�o do TCU por um erro do tribunal.
O advogado geral da Uni�o, Luis In�cio Adams, fez a defesa em plen�rio da atual presidente da companhia e tamb�m articula com os ministro do Tribunal uma sa�da para que Gra�a Foster n�o seja inclu�da entre os gestores responsabilizados. Segundo ele, a decis�o inviabilizaria a perman�ncia da executiva na presid�ncia da empresa.