A BRF, detentora das marcas Sadia e Perdig�o, foi condenada a pagar indeniza��o no valor de R$ 1 milh�o em virtude de condi��es degradantes de trabalho. A condena��o � resultado de uma a��o do Minist�rio P�blico do Trabalho no Paran� (MPT-PR) em Umuarama, cidade do interior do Estado, de 2012, depois de uma investiga��o que constatou condi��es laborais prec�rias e trabalhadores vivendo em condi��es an�logas � escravid�o. As irregularidades aconteceram em atividades de reflorestamento promovidas em uma fazenda arrendada pela BRF no Munic�pio de Ipor�, tamb�m no Paran�.
No in�cio de 2012, o MPT-PR em Umuarama constatou graves irregularidades trabalhistas na Fazenda Jaragu�, em Ipor�. Os problemas iam desde jornada excessiva e condi��es prec�rias dos alojamentos, at� a contamina��o da �gua fornecida aos trabalhadores para consumo. "A situa��o encontrada configura trabalho degradante, j� que foram desrespeitados os diretos mais b�sicos da legisla��o trabalhista, causando repulsa e indigna��o, o que fere o senso �tico da sociedade", afirma o procurador do trabalho respons�vel pelo caso, Diego Jimenez Gomes.
A BRF alegou que as atividades de reflorestamento eram feitas por empresa terceirizada, o que afastaria sua responsabilidade. A Justi�a do Trabalho, contudo, entendeu que a empresa deveria ser condenada porque tamb�m � respons�vel pela garantia de um meio ambiente de trabalho saud�vel. Al�m do pagamento da indeniza��o, a empresa dever� cumprir diversas obriga��es quanto � higiene, sa�de, seguran�a e medicina do trabalho, em rela��o a todos os trabalhadores que, de forma direta ou indireta, prestem-lhe servi�os na atividade de reflorestamento.
O valor da indeniza��o ser� destinado � compra de ve�culos e equipamentos ao Minist�rio do Trabalho e Emprego, a serem utilizados em fiscaliza��es no meio rural. A decis�o, tomada por unanimidade pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Regi�o, foi proferida no dia 15 de julho.
A BRF � uma gigante do ramo de produtos aliment�cios que surgiu a partir da fus�o entre Sadia e Perdig�o, al�m de ser detentora de marcas como Batavo, Eleg� e Qualy.
Com informa��es MPT-PR