O pre�o m�dio anunciado dos im�veis residenciais no Pa�s continua subindo em um ritmo superior ao da infla��o, embora venha perdendo for�a m�s a m�s. Entre janeiro e agosto, o valor m�dio do metro quadrado aumentou 4,8%, atingindo R$ 7,415. A alta � 0,8 ponto porcentual superior � infla��o esperada para o per�odo, de 4,0%, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). Ou seja, na m�dia, os pre�os tiveram um aumento real pequeno neste ano.
Os dados fazem parte do �ndice FipeZap Ampliado, pesquisado pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) em 20 cidades. O IPCA tomado como refer�ncia leva em conta a expectativa de infla��o no m�s de agosto apurada pelo boletim Focus, do Banco Central.
Apesar do crescimento, os pre�os das moradias est�o perdendo f�lego. No acumulado dos �ltimos 12 meses at� agosto, a alta foi de 9,9% - a nona desacelera��o consecutiva.
"O �mpeto nos pre�os est� perdendo for�a. � natural que os ciclos econ�micos tenham momentos de euforia seguidos por momentos de calmaria", avaliou Bruno Oliva, economista da Fipe. "Daqui para a frente, acreditamos que os pre�os v�o se acomodar, sem altas nem quedas expressivas."
Segundo Oliva, a disparada nos pre�os teve seu auge por volta de 2011 e 2012, impulsionada pelas melhoras nas taxas de juros e prazos dos empr�stimos imobili�rios, al�m de incremento da renda e do emprego da popula��o. J� nos anos seguintes, esse cen�rio se acomodou, e muitos empreendimentos foram conclu�dos, atendendo boa parte da demanda.
Dentre as 20 cidades analisadas pela pesquisa FipeZap, as maiores altas entre janeiro e agosto foram registradas em Goi�nia (9,1%), Vit�ria (8,3%) e Campinas (7,0%). No caso de S�o Paulo e Rio, maiores mercados imobili�rios do Pa�s, as altas foram de 5,9% e 6,1%, respectivamente. Em outras cidades, por�m, o valor dos im�veis subiu menos que a infla��o, ou seja, tiveram queda real: Contagem (2,92%), Porto Alegre (2,22%), Santos (1,53%) e Curitiba (0,01%). Bras�lia foi a �nica com redu��o nominal (-1,1%).