A taxa de desemprego nacional, medida anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), ficou em 6,5% em 2013, acima dos 6,1% registrados em 2012 e a primeira alta desde 2009, quando a economia ainda sofria os piores efeitos da crise mundial de 2008. O dado foi revelado nesta quinta-feira, com a divulga��o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad).
Embora a taxa do ano passado ainda esteja abaixo da de 2011 (6,7%), foi quebrada a sequ�ncia de recordes de baixas, ainda mantida na taxa mensal de desemprego, calculada apenas nas seis principais regi�es metropolitanas do Pa�s, mas cuja divulga��o foi afetada pela greve no Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
A �ltima taxa mensal conhecida se refere a abril e foi de 4,9%, abaixo dos 5,8% de igual m�s de 2013 e a mais baixa para meses de abril de toda a s�rie hist�rica. Tradicionalmente, a taxa mensal fica abaixo da taxa anual medida pela Pnad. S�o duas as principais diferen�as: a abrang�ncia da taxa anual � muito maior e a taxa mensal � medida m�s a m�s, enquanto na Pnad a pesquisa � feita apenas em uma semana.
Como o IBGE n�o divulgou a taxa mensal fechada para as seis regi�es metropolitanas de maio para c�, n�o se sabe se a sequ�ncia de recordes de baixa tem sido mantida. Em 2013, a m�dia da taxa mensal ficou abaixo de 2012, mas a alta do desemprego em regi�es n�o captadas pela pesquisa mensal poderia explicar as diferen�as.
A taxa de desemprego anual subiu de 2012 para 2013 porque o n�mero de desempregados avan�ou mais do que o n�mero de empregados e mais do que o da popula��o em idade ativa (PIA, o total de pessoas com mais de 15 anos).
"Embora tenha havido um aumento da popula��o ocupada, com mais pessoas trabalhando, houve uma press�o no mercado de trabalho de pessoas se inserindo, procurando trabalho, que teve reflexo na taxa de desemprego", afirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad.
O instituto calculou 95,9 milh�es de pessoas trabalhando em 2013, 0,6% acima do ano anterior. O total de desempregados somou 6,7 milh�es de pessoas, 450 mil a mais, ou 7,2% acima de 2012. A� est�o inclu�das tanto pessoas que perderam seus empregos quanto gente que chegou ao mercado de trabalho e n�o encontrou o primeiro emprego.
Desemprego cresceu mais na regi�o Norte
Disparidades regionais tamb�m ajudam a explicar o avan�o do desemprego no ano passado. A taxa de desemprego subiu mais na regi�o Norte, de 6,3% em 2012 para 7,3% em 2013. Par� (de 5,8% para 7,3%), Acre (5,8% para 7,6%) e Amap� (9,9% para 12,1%) puxaram a alta. Nenhuma regi�o metropolitana do Norte est� inclu�da na taxa mensal calculada pelo IBGE.
No Nordeste, a taxa de desemprego avan�ou de 7,6% em 2012 para 8,0% em 2013, mas o Rio Grande do Norte viu um avan�o bem maior, de 7,1% para 11,0%. No Sudeste, a taxa de desemprego subiu de 6,1% para 6,6% (S�o Paulo foi de 6,2% para 6,6%), com destaque para a piora no emprego na ind�stria. Segundo o IBGE, houve redu��o de 3,5% (ou 470 mil empregados) no contingente de trabalhadores da ind�stria. Na contram�o, a taxa de desemprego na regi�o Sul passou 4,2% para 4,0%, com queda de 2,2% no contingente total de desocupados, para 637 mil pessoas.