Ind�strias mineiras podem apresentar queda de faturamento maior que em 2009, diz Fiemg

A ind�stria mineira dever� produzir em 2014 cerca de 2% menos que em 2013 e pode apresentar uma queda de faturamento mais acentuada do que a registrada em 2009. Conforme estimativas da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a produ��o industrial no Estado recuar� 1,97% em 2014 ante o ano passado e o faturamento cair� 9,1% na mesma base de compara��o.

De acordo com o gerente de economia da Fiemg, Guilherme Le�o, essa proje��o de faturamento foi revisada j� no fechamento dos dados do segundo trimestre, que antes era de um crescimento de 0,96%. Por�m, agora, com a compila��o dos dados de agosto, a Fiemg decidiu tamb�m alterar suas estimativas de produ��o. A proje��o anterior era de uma alta de 0,7% e o porcentual atualizado passou para -1,97%.

"Temos alguns setores que influenciaram negativamente o resultado, porque o desempenho deles n�o est� favor�vel. � o caso de ve�culos automotores, do segmento extrativo, dos produtos de metal e metalurgia. A redu��o no pre�o do min�rio de ferro tamb�m ajuda na queda do faturamento e produ��o", explicou o diretor. Segundo ele, se for confirmada a retra��o no faturamento, esta ser� mais acentuada do que a registrada em 2009, quando a receita bruta da ind�stria mineira diminuiu 8%.

Em agosto ante julho (dados dessazonalizados), o faturamento real diminuiu 2,08%. No ano at� agosto, a queda � de 8,09%. As horas trabalhadas nos oito primeiros meses do ano recuaram 2,56%. O emprego diminuiu 0,8% no Estado, mas a massa salarial e o rendimento m�dio real avan�aram 3,79% e 3,84%, respectivamente.

"O trabalhador produziu menos, a ind�stria faturou menos, mas houve aumento salarial. O custo trabalhista, portanto, est� mais alto. Isso mina a competitividade das empresas", disse. Para ele, se o cen�rio de faturamento continuar assim, haver� demiss�es. "Tamb�m h� uma queda de investimento das ind�strias mineiras e nacionais no Pa�s devido � baixa utiliza��o de capacidade e � falta de confian�a no crescimento do Pa�s", completou.

Segundo Le�o, o governo federal estava "otimista demais" com rela��o ao cen�rio macroecon�mico deste ano. "E a� precisa toda hora revisar suas proje��es, o que mostra a instabilidade de governo", comentou.

Para 2015, o especialista acredita em um ano melhor para a ind�stria mineira do que 2014. "Independente de quem seja o novo governante, muda-se a expectativa. Ele ter� que apresentar um planejamento real. Vai ser um ano dif�cil: ter� que ter um ajuste fiscal forte com um ambiente inflacion�rio, com taxas de desemprego e juros altos. Mas a confian�a pode ser retomada, atraindo investimentos", declarou.