A Ford espera uma recupera��o do mercado automotivo a partir do segundo semestre de 2015, afirmaram, nesta ter�a-feira, dirigentes da empresa durante entrevista � imprensa no 28º Sal�o do Autom�vel, aberto hoje. Eles disseram esperar mudan�as por parte do governo que possibilitem uma retomada da economia brasileira como um todo, mas ponderaram que aguardam sinais mais claros dessas modifica��es, como a indica��o da nova equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff, para tomar decis�es em rela��o aos investimentos futuros.
O presidente da Ford na Am�rica Latina, Steven Armstrong, avaliou que a queda nas vendas da ind�stria automobil�stica neste ano em rela��o a anos anteriores foi causada por uma s�rie de fatores, entre eles a Copa do Mundo e as elei��es, que impactaram na economia brasileira como um todo. Diante disso, ele prev� que o setor deva encerrar 2014 com um total entre 3,2 milh�es e 3,3 milh�es de unidades vendidas, das quais a marca deve ter participa��o de aproximadamente 10%, o que daria algo em torno de 33 mil autom�veis.
"A primeira metade de 2015 ainda vai ser ruim. Somente a partir do segundo semestre devemos come�ar a se recuperar", afirmou. Para ele, uma retomada maior do setor em 2016 vai depender da volta de crescimento maior do PIB. Ele defendeu que a ind�stria brasileira precisa se tonar mais competitiva e, para isso, � preciso combater o chamado Custo Brasil, ainda muito alto. Apesar de n�o dar previs�o, ele garantiu que a Ford deve continuar investindo em novos produtos. De 2011 a 2015, o total investido pela empresa deve ser de R$ 4,5 bilh�es.
O vice-presidente da Ford Am�rica do Sul, Rog�lio Golfarb, por sua vez, destacou que o principal gargalo que a ind�stria automobil�stica brasileira deve resolver � o excesso de capacidade. Segundo ele, na Am�rica do Sul, a Ford deve encerrar o ano com 45% da sua capacidade ociosa, podendo subir pr�ximo de 50% em 2015. Outro problema, citou, � em rela��o ao IPI. Apesar de dizer que trabalha com o fim da redu��o da al�quota em 2014, ele afirma que o di�logo com o governo para tentar prolongar o benef�cio "nunca parou".