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Estado de Minas

Alta da gasolina j� bate � porta do consumidor

Conselho de Administra��o da Petrobras se re�ne hoje e pode definir reajuste de 5% no pre�o do combust�vel para novembro


postado em 31/10/2014 06:00 / atualizado em 31/10/2014 07:27

Último ajuste nos valores foi em novembro do ano passado; especialista temem volta da cobrança da Cide(foto: Angelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)
�ltimo ajuste nos valores foi em novembro do ano passado; especialista temem volta da cobran�a da Cide (foto: Angelo Pettinati/Esp.EM/D.A Press)
Depois do aumento dos juros decidido pelo Banco Central (BC), a pr�xima medida do governo dever� envolver o pre�o dos combust�veis. As expectativas do mercado s�o de que o Conselho de Administra��o da Petrobras decida hoje, durante reuni�o, pelo aumento de 4% a 5%, em novembro. O �ltimo foi em igual m�s, em 2013, de 4% para gasolina e 8% para o diesel. Caso isso se confirme, ser� a segunda medida impopular do governo dias ap�s o resultado do segundo turno da elei��o presidencial. “Se isso ocorrer, indicar� maior comprometimento do governo com a normaliza��o dos pre�os administrados”, avaliou o economista-chefe da INVX Global Partners, Eduardo Velho. A primeira foi o aumento da Selic de 11% para 11,25% ontem durante reuni�o do Copom.

Para o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, mais importante do que alterar os pre�os � o governo “apontar para uma pol�tica clara de reajustes”, que impe�a que os valores voltem a ficar defasados. Ele tamb�m espera por uma alta de pre�os hoje, mas acha que a tend�ncia mais forte � de que, em vez de direcionar a eleva��o da receita � estatal, o governo opte por ressuscitar a Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide).

“Isso refor�aria o caixa do Tesouro, o que seria bem-vindo no atual quadro fiscal”, explicou. Os munic�pios, que tamb�m recebem parte do montante arrecadado, podem ampliar os investimentos em transporte coletivo, algo que vai ao encontro das exig�ncias das ruas nas manifesta��es do ano passado. A Cide � um tributo que come�ou a ser progressivamente reduzido em janeiro 2003, quando acrescentava R$ 0,28 ao litro da gasolina, at� ser zerado em junho de 2012.

Os pre�os do petr�leo no mercado internacional baixaram neste m�s, e agora est�o em linha com o mercado brasileiro. Por isso, Pires n�o v� mais raz�o, do ponto de vista da Petrobras, para mudar o que se cobra nas refinarias. De janeiro a outubro, quando os valores estavam desfasados, a estatal acumulou preju�zos. Mas para zerar a conta seria necess�ria uma alta de 20% no pre�o da gasolina. “N�o se pode contar com isso, porque o efeito inflacion�rio seria muito alto”, sentenciou.

Efeitos

Na avalia��o do economista Claudio Porto, presidente da Macroplan, ainda que n�o se possa ressarcir integralmente o rombo acumulado pela Petrobras, � importante que o aumento seja direcionado para a estatal em vez de ser apropriado pelo governo. “As ag�ncias de classifica��o de risco est�o de olho na empresa, que corre o risco de ser rebaixada.” Ela est� a dois degraus da perda do grau de investimento devido ao tamanho de sua d�vida, que vem crescendo em rela��o �s receitas. Segundo o Banco Goldman Sachs, cada 1% de aumento no valor dos combust�veis eleva em R$ 1,7 bilh�o a gera��o de caixa anual da estatal.

Na avalia��o do economista Fabio Silveira, s�cio da consultoria GO Associados, a op��o pelo aumento agora, quando os pre�os est�o em linha com o mercado internacional, emite um sinal ruim. “Parece que estamos sempre na contram�o”, lamentou. Ele acha que h� outras medidas que poderiam ter segurado o pre�o nas refinarias sem causar preju�zos � Petrobras, incluindo a desonera��o da cadeia de produ��o de combust�veis.


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