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Estado de Minas

Mais escolarizadas, mulheres recebem 68% da renda dos homens

IBGE considera que delega��o de tarefas �s mulheres prejudica a igualdade no emprego e na renda


postado em 31/10/2014 10:32

Com �ndices de escolaridade superiores aos dos homens, as mulheres brasileiras continuam atr�s quando analisados o rendimento e a inser��o no mercado de trabalho, divulgou nesta sexta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), na pesquisa Estat�sticas de G�nero, uma an�lise dos resultados do Censo Demogr�fico 2010.

Al�m de terem menor taxa de analfabetismo, de 9,1% contra 9,8% dos homens, as mulheres chegam mais ao n�vel superior, com uma taxa de 15,1% de frequ�ncia na popula��o de 18 a 24 anos, enquanto os homens somam 11,3%. Tamb�m no ensino m�dio, as mulheres est�o mais presentes na idade escolar certa, de 15 a 17 anos, com 52,2% de frequ�ncia, contra 42,4% dos homens.

Outro indicador que aponta maior escolariza��o feminina � a taxa de abandono escolar precoce, que contabiliza os jovens de 18 a 24 anos que n�o conclu�ram o ensino m�dio nem estavam estudando. Esse percentual chega a 31,9% entre as mulheres e 41,1% para os homens.

Apesar desse cen�rio, o rendimento mensal m�dio das mulheres equivalia a 68% do masculino, em 2010. Para a coordenadora de Popula��o e Indicadores Sociais do IBGE, B�rbara Cobo, a delega��o de tarefas �s mulheres prejudica a igualdade no emprego e na renda: "por motivos que v�o al�m das pol�ticas educacionais e de mercado de trabalho, voc� n�o v� essa maior escolariza��o das mulheres sendo refletida em inser��o no mercado de trabalho. Um dos principais motivos � a quest�o da maternidade. A mulher ainda enfrenta a quest�o da dupla jornada e, muitas vezes, os cuidados com pessoas da fam�lia e servi�os dom�sticos ainda est�o substancialmente a cargo delas", analisa.

B�rbara destaca que mulheres e homens t�m sal�rios parecidos no in�cio da carreira, mas as diferen�as se agravam ao longo da vida: "o desempenho dela depende da escolariza��o, mas tamb�m depende de pol�ticas p�blicas que permitam que tenha onde deixar as crian�as para trabalhar e da legisla��o trabalhista. Essa parte tamb�m pesa a partir do momento que as licen�as maternidade e paternidade s�o muito diferenciadas. Em cargos de dire��o, voc� v� nitidamente a diferen�a de acesso entre homens e mulheres", disse a pesquisadora.

Em n�meros absolutos, a pesquisa mostrou rendimento m�dio para os homens de R$ 1.587, contra R$ 1.074 das mulheres. Em 2000, a desigualdade era ainda maior, com mulheres recebendo 65% do rendimento m�dio dos homens. Essa melhora, no entanto, n�o se deu em todas as partes do pa�s, j� que, no Norte e Nordeste, a taxa caiu de 71% e 72% para 69% e 68%k, respectivamente. Os homens do Sudeste eram o grupo com maior renda, em 2010, com R$ 1.847, enquanto as mulheres do Nordeste tinham a menor, de R$ 716.

Segundo a pesquisa, Cuiab� � a capital em que a renda feminina chega mais perto da masculina, com 80%, enquanto em Curitiba a propor��o fica em 63%. Entre 2000 e 2010, apenas Porto Velho e Jo�o Pessoa tiveram aumento da desigualdade de renda, com queda de 72% para 67%, na cidade nortista, e 71% para 69% na nordestina.

A taxa de atividade das mulheres com mais de 16 anos, que indica o percentual das que est�o trabalhando ou procurando trabalho, cresceu entre 2000 e 2010 de 50,1% para 54,6%, enquanto a dos homens caiu de 79,7% para 75,7%. Quando analisada a formaliza��o desse trabalho, a pesquisa mostra que os homens tiveram um crescimento maior no emprego com carteira assinada em rela��o as mulheres. Em 2000, 50% dos homens e 51,3% das mulheres tinham emprego formal, valores que aumentaram para 59,2% e 57,9% em 2010, respectivamente.

Entre as mulheres ocupadas, 19,2% t�m n�vel superior, enquanto os homens somam 11,5%. Na outra ponta, 45,5% dos homens que trabalham n�o t�m instru��o ou declaram ter o ensino fundamental incompleto, taxa que � de 34,8% entre as mulheres.


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