Em ata divulgada nesta quinta-feira, 6, o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) informou que mudou sua premissa para o c�mbio de R$ 2,25 para R$ 2,50 pelo cen�rio de refer�ncia. O valor considerado para o d�lar est� acima do valor negociado no dia em que o colegiado decidiu subir a Selic de 11% ao ano para 11,25%, quando o d�lar fechou em R$ 2,4650. No mercado futuro, o d�lar para novembro fechou no dia da reuni�o do Copom, na semana passada, em R$ 2,4635. Para a taxa b�sica de juros, o colegiado manteve a premissa considerada de 11,00% ao ano.
A deprecia��o do real deve ajudar as exporta��es brasileiras, na previs�o do Banco Central, inclu�da na ata do Copom. Segundo o documento, as exporta��es tamb�m tendem ser beneficiadas pelo cen�rio de maior crescimento de importantes parceiros comerciais. Essa avalia��o � uma novidade que foi acrescentada no cen�rio tra�ado pelo BC para a economia brasileira.
No documento, o BC mant�m a avalia��o de que a demanda agregada tende a se apresentar "relativamente" robusta no horizonte relevante para a pol�tica monet�ria. Por um lado, o consumo das fam�lias tende a registrar ritmo moderado de expans�o, devido a efeitos de fatores de est�mulo como o crescimento da renda e a expans�o moderada do cr�dito. De outro, as condi��es financeiras relativamente favor�veis, a concess�o de servi�os p�blicos e a amplia��o das �reas de explora��o de petr�leo tendem a favorecer a amplia��o dos investimentos.
"Esses elementos e os desenvolvimentos no �mbito parafiscal e no mercado de ativos s�o partes importantes do contexto no qual decis�es futuras de pol�tica monet�ria ser�o tomadas, com vistas a assegurar a converg�ncia tempestiva da infla��o para a trajet�ria de metas", diz o BC em trecho id�ntico ao da ata divulgada em setembro.
Para o Copom, o fato de a infla��o atualmente se encontrar em patamares elevados reflete, em parte, a ocorr�ncia de dois importantes processos de ajustes de pre�os relativos na economia: realinhamento dos pre�os dom�sticos em rela��o aos internacionais e realinhamento dos pre�os administrados em rela��o aos livres.
Segundo o BC, esses ajustes de pre�os relativos t�m impactos diretos sobre a infla��o. Por isso, na ata os diretores da institui��o reafirmam sua vis�o de que a pol�tica monet�ria "pode e deve conter os efeitos de segunda ordem" desses ajustes.