O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) v� uma intensifica��o dos ajustes de pre�os relativos da economia. A avalia��o consta na ata da �ltima reuni�o do colegiado, divulgada pelo Banco Central, nesta quinta-feira. Segundo o documento, a intensifica��o desse ajuste de pre�os tornou o balan�o de riscos mais desfavor�vel para a infla��o. Essa percep��o pior, somada ao aumento das proje��es no cen�rio de refer�ncia, explicam em parte a eleva��o da Selic, nesta �ltima reuni�o, de 11% ao ano para 11,25%.
A institui��o, inclusive, retirou da ata o trecho em que afirmava que press�es inflacion�rias tendem a arrefecer. Nesse cen�rio, o BC agora fala que a pol�tica monet�ria deve se manter "especialmente vigilante" para minimizar os riscos de que os n�veis elevados de infla��o persistam. A palavra especialmente n�o constava no �ltimo documento e foi acrescentada agora.
Na vis�o do BC, o ajuste de pre�os relativos - realinhamento dos pre�os dom�sticos em rela��o aos internacionais e realinhamento dos pre�os administrados em rela��o aos livres - tem impacto direto sobre a infla��o.
Parte da diretoria, segundo a ata, argumentou que incertezas ainda cercam a magnitude e a persist�ncia desses ajustes de pre�os. Em fun��o disso, esse grupo se posicionou a favor de que, "neste momento", as condi��es monet�rias permanecessem inalteradas. Apesar disso, diz a ata, a maioria dos membros do Copom considerou oportuno ajustar, "de imediato", as condi��es monet�rias de modo a garantir - como j� havia dito no comunicado da reuni�o - a um custo menor, a preval�ncia de um cen�rio "mais benigno" para a infla��o em 2015 e 2016. Neste documento o BC ainda reconheceu que ajustes de pre�os relativos t�m impacto direto sobre a infla��o.
A percep��o do Copom sobre o custo de vida, logo ap�s a elei��o da presidente Dilma Rousseff, piorou significativamente. O Comit�, inclusive, retirou a avalia��o que constava na ata da reuni�o anterior e que apontava para o deslocamento do hiato do produto para o campo desinflacion�rio.