Apesar da aprova��o nesta ter�a-feira, pelo Congresso da mudan�a no texto da Lei de Diretrizes Or�ament�ria de 2014, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o governo continua trabalhando para ter um super�vit prim�rio esse ano. Ele informou que nesta quarta-feira, � tarde, a Junta Or�ament�ria ir� discutir o relat�rio de avalia��o de receitas e despesas que ser� divulgado na sexta-feira, o �ltimo dia para envio ao Congresso. Nesse documento, o governo deve apontar os ajustes nas contas p�blicas desse ano.
"Estamos trabalhando para ter super�vit esse ano. A mudan�a na LDO significa que podemos fazer um abatimento maior das desonera��es que fizemos para resultado prim�rio", disse.
Para 2015, o ministro disse que � poss�vel ter um super�vit prim�rio de 2% do PIB, mas destacou que o governo est� fazendo as contas. "Vamos avaliar melhor, inclusive, a partir desse comportamento da economia. O que melhora o prim�rio � o crescimento maior da economia e, nesse segundo semestre, est� havendo crescimento maior da economia", afirmou. Mantega disse que a retomada da atividade econ�mica ajudar� o ano que vem. "Podemos entrar 2015 com a economia se recuperando, com taxa de crescimento maior e isso vai ajudar a ter um super�vit prim�rio em torno de 2% do PIB", disse.
Sobre as declara��es feitas ontem pelo diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Carlos Hamilton Ara�jo, de que o Copom n�o ser� complacente e, se for adequado, ir� recalibrar a pol�tica monet�ria, Mantega disse que "vai depender da pol�tica fiscal e da infla��o". "Com a infla��o de hoje mais moderada significa que n�o � necess�rio nenhuma medida adicional, mas � apenas minha opini�o. O Copom tem autonomia, mas a infla��o est� mais baixa", argumentou. Ao ser questionado se estava afirmando que n�o seriam necess�rios novas altas de juros, o ministro disse que os juros sempre v�o precisar subir e descer. "Isso � uma permanente na pol�tica monet�ria. Ela tem que ser flex�vel", destacou.