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Estado de Minas

Efeitos da Lava Jato podem afetar crescimento em 2015

H� d�vidas se os bancos aceitar�o financiar empresas com menor tradi��o em empreendimentos de valor elevado e prazos longos


postado em 19/11/2014 19:49 / atualizado em 19/11/2014 20:13

Os desdobramentos da Opera��o Lava Jato, da Pol�cia Federal, poder�o afetar as perspectivas de crescimento de 2015. � o que j� se admite na equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff. Ao abarcar as principais construtoras do Pa�s, as investiga��es atrasar�o o programa de concess�es, a maior aposta do governo para acionar o motor dos investimentos.

Os mais otimistas enxergam um lado bom no processo: a possibilidade de abrir espa�o para construtoras de m�dio porte nas novas parcerias com o governo. H� pelo menos um caso bem sucedido, o da concess�o da BR-050 em Goi�s e Minas Gerais, arrematada por um grupo de empreiteiras que n�o t�m rela��o com o "clube" investigado pela Lava Jato. O governo acredita que � poss�vel uma participa��o maior das empreiteiras menores no processo.

Mas, para que essa alternativa se viabilize, ser� necess�rio desatar o n� do cr�dito. H� d�vidas se os bancos aceitar�o financiar empresas com menor tradi��o em empreendimentos de valor elevado e prazos longos. Ser� preciso ampliar as garantias.

O cr�dito para as concess�es e Parceiras P�blico-Privadas (PPP) tem ainda outro complicador � frente, que � a perspectiva de novo rebaixamento da nota do Pa�s pelas ag�ncias internacionais de classifica��o de risco. Maior preocupa��o da equipe econ�mica no momento, essa � uma possibilidade cada vez mais concreta.

Ela n�o tem origem nos malfeitos na Petrobras, e sim na condu��o da pol�tica fiscal brasileira. O rebaixamento vai encarecer os empr�stimos para o setor p�blico e para as empresas, mas pode sobretudo afastar os investidores estrangeiros.

Dimens�o

A �rea t�cnica do governo j� d� como certo o atraso do programa de concess�es, mas ainda n�o se tem at� o momento a real dimens�o do estrago que as informa��es envolvendo as maiores empreiteiras do Pa�s - que lideram os grandes projetos de infraestrutura - pode afetar o apetite dos investidores, que participam dos projetos via mercado de capitais comprando deb�ntures que t�m isen��o tribut�ria.


Se esse canal de financiamento n�o deslanchar em 2015 como se esperava, por conta da imagem de corrup��o fora do Pa�s, a velocidade do programa estar� ainda mais comprometida.

Por enquanto, n�o se considera a hip�tese de paralisa��o total, principalmente porque os sinais iniciais � de que as oito empreiteiras da Lava Jato conseguir�o tocar as obras. O problema maior s�o as novas concess�es e o cr�dito para elas. "Mas n�o h� como manter o calend�rio inicial", admitiu uma fonte do governo. O problema maior � que a demora da escolha do nome do novo ministro da Fazenda dificulta o desenho de uma estrat�gia r�pida de a��o para minimizar os impactos no programa de concess�es.

Efici�ncia

Os preju�zos para o crescimento foram admitidos pelo presidente do grupo Gerdau, Jorge Gerdau. Para ele, a Lava Jato pode afetar a perspectiva de investimentos e crescimento do Pa�s no ano que vem, inclusive pelos impactos das investiga��es sobre o Legislativo brasileiro. "O problema � o seguinte: as coisas todas t�m que andar bem. Voc� n�o pode ter problemas importantes que nem estamos tendo, que afetem em menor ou maior escala o Congresso. Para ter plena efici�ncia, voc� tem que trabalhar procurando n�o ter problemas e n�s, no momento, temos problema que tem que ser vencido."

J� o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade, tra�ou um quadro mais positivo. "Acho que estamos dando uma demonstra��o de seriedade, de que no Brasil a Justi�a funciona sem interfer�ncia", comentou. Ele disse ser necess�rio segregar as pessoas que cometeram os il�citos das empresas, que s�o importantes para o Pa�s. E afirmou que, do ponto de vista de seus contatos no setor privado estrangeiro, o Brasil segue como um destino atraente para neg�cios.

Ajuste

A import�ncia das concess�es e PPPs para a estrat�gia de crescimento no segundo governo de Dilma Rousseff ficou clara no discurso do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, nesta quarta-feira, 19, na abertura da reuni�o com empres�rios industriais para discutir medidas de est�mulo ao setor. Ele afirmou que o Pa�s "vai ter de fazer um ajuste" em suas contas, por isso conta com o investimento privado. "Precisamos avan�ar nas PPPs", afirmou.

O ministro comentou ainda que fez um "apelo" para o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) liberar logo o processo de arrendamento de �reas nos portos, em an�lise h� mais de um ano. O governo quer come�ar o processo por �reas nos portos p�blicos de Santos (SP) e no Par�.


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