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Estado de Minas

Aposta majorit�ria para Copom � de alta de 0,50 ponto


postado em 02/12/2014 17:07 / atualizado em 02/12/2014 19:21

As expectativas para a reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), que come�ou nesta tarde de ter�a-feira, s�o as mais divididas dos �ltimos tempos. As apostas majorit�rias para o que o Banco Central far� com a Selic amanh� viraram em menos de uma semana de uma alta de 0,25 ponto porcentual para 0,50 p.p - hoje a Selic est� em 11,25% ao ano. Essa perspectiva de maior aperto monet�rio se d� em um ambiente negativo para a infla��o e conta com a sinaliza��o passada pelos porta-vozes da institui��o de que poder�o atuar de forma mais forte se necess�rio. De qualquer forma, as proje��es seguem divididas como n�o se via antes desde fevereiro.

Muitos analistas ficaram ressabiados com a "bola nas costas" que tomaram no encontro de outubro. Na ocasi�o, as 84 casas consultadas pelo AE Proje��es contavam com estabilidade da taxa e foram surpreendidas com uma eleva��o de 0,25 p.p. Os economistas ficaram desconfiados e passaram a interpretar toda e qualquer manifesta��o do Banco Central para n�o errar novamente. Ainda � consider�vel a fatia dos que projetam a continuidade do ritmo de 0,25 p.p. At� porque, assim como alguns diretores do BC alegaram na decis�o anterior, ainda havia d�vidas naquele momento sobre a magnitude e a persist�ncia dos ajustes de pre�os. Outra incerteza diz respeito � retomada da atividade, que d� poucos ind�cios de recupera��o.


O primeiro sinal de que outra dose de 0,25 p.p. n�o � l�quida e certa amanh�, quando acaba o encontro e � anunciada a nova Selic, veio do diretor de Pol�tica Econ�mica, Carlos Hamilton, quando participava de evento em Florian�polis (SC). "O Copom n�o ser� complacente (com a infla��o) e, se for adequado, ir� recalibrar a pol�tica monet�ria", afirmou. Para quem ficou com d�vidas sobre a mensagem pretendida, o diretor foi ainda mais claro: "Para bom entendedor, pingo � 'i'".

Na semana passada, quando confirmado � frente do BC no novo mandato de Dilma Rousseff, foi o presidente Alexandre Tombini quem refor�ou o recado. Ele admitiu que a infla��o acumulada em 12 meses ainda seguia elevada e que, nessas circunst�ncias, a pol�tica monet�ria deve se manter "especialmente vigilante" para evitar que ajustes de pre�o se espalhem para o resto da economia. Tombini apenas repetiu o que a ata do Copom anterior j� havia trazido. Mas foi o presidente, em carne e osso, dizendo com todas as letras que estava preocupado com uma difus�o da infla��o pela economia. Isso tem peso maior. Ainda mais no cen�rio em que foi dita a frase, ao lado dos dois novos nomes da equipe econ�mica (Joaquim Levy, na Fazenda, e Nelson Barbosa, no Planejamento).

O BC deixou a porta aberta para dar uma esticada a mais nos juros, mas a favor dos que acreditam na manuten��o da toada de alta de 0,25 p.p. est� a expectativa de que 2015 ser� um ano diferente para as contas p�blicas. O ministro indicado, Joaquim Levy, prometeu austeridade para os pr�ximos tr�s anos, o que � um ganho e tanto para os efeitos da pol�tica monet�ria. E, � bom lembrar, qualquer a��o tomada amanh� pelo Copom s� ter� efeito mesmo em meados de 2015.

Levantamento realizado pelo AE Proje��es no final do m�s passado mostrava que a maioria - 45 de 76 institui��es financeiras - previa uma nova alta de 0,25 ponto porcentual da Selic amanh�, para 11,50%. Menos de uma semana depois, com os acontecimentos mais recentes, as estimativas viraram e agora a aposta mais consolidada � de uma eleva��o de 0,50 p.p. Com a atualiza��o das consultas �s institui��es, o AE Proje��es identificou nesta nova rodada que 41 de 62 casas agora contam com meio ponto de eleva��o.

A �ltima vez que o mercado financeiro estava sem pender mais para um lado �s v�speras de um Copom sobre o rumo que a Selic tomaria foi em fevereiro, quando 43 de 60 institui��es consultadas contavam com uma eleva��o do juro, na ocasi�o, para 10,75% ao ano. Depois disso, nas demais reuni�es do ano, ou o mercado tinha uma aposta mais firme em rela��o a uma decis�o ou 100% das previs�es estava em um determinado patamar da taxa.


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