
O diretor e conselheiro do Clube de Engenharia, Marcio Patusco, afirma que a baixa qualidade do servi�o de conex�o � rede mundial � fruto do investimento insuficiente das operadoras. “Fato � que as empresas focaram muito mais nas vendas de celulares do que na infraestrutura de suporte e de atendimento. O resultado � um servi�o sofr�vel, caro, e por incr�vel que pare�a , apesar do grande n�mero de terminais, n�o universalizado”, afirma. Segundo ele, uma sa�da para for�ar a melhoria do servi�o seria impor san��es “pesadas”, como o impedimento � comercializa��o de novas linhas.
Na �ltima aferi��o feita pela Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel), em setembro, referente � velocidade instant�nea, a TIM tamb�m � a empresa que mais desrespeita a norma, de atingir pelo menos 30% da velocidade contratada em 95% das medi��es. A operadora n�o cumpriu a regra em 18 estados; a Oi desrespeitou a norma em 11 e a Vivo em um.
O usu�rio pode consultar a qualidade do servi�o de acordo com o munic�pio onde reside. Um problema � que em algumas cidades, s� uma empresa presta o servi�o. Assim, n�o resta alternativa. Com base no levantamento feito pelo Estado de Minas sobre o funcionamento do servi�o de transmiss�o de dados em dispositivos m�veis, em cinco cidades do estado a Oi descumpre a meta estabelecida pela ag�ncia nos oito meses em que os dados foram avaliados e, para piorar, em pelo menos um m�s o indicador de conex�o de dados � inferior a 60%. S�o elas: Cachoeira de Paje� (56,79% em junho), Comercinho (56,22% em junho), Francisco Badar� (55,9% em julho), Jord�nia (59,82% em mar�o), e S�o Jo�o Evangelista (54,65% e 54,9% em fevereiro e mar�o, respectivamente). De acordo com a Anatel, abaixo de 80% o �ndice j� � classificado com a cor vermelha, n�vel mais cr�tico.
Para fiscalizar Para permitir que o consumidor escolha a operadora que melhor poder� atend�-lo, a Anatel criou um sistema que permite a compara��o do servi�o de telefonia m�vel de acordo com o munic�pio selecionado. O dispositivo possibilita ao usu�rio verificar a qualidade tanto da transmiss�o de dados quanto do servi�o de voz. O aplicativo pode ser consultado no site da ag�ncia reguladora (www.anatel.gov.br) e pode tamb�m ser baixado no celular.
Al�m da qualidade do servi�o, o usu�rio precisa ficar atento ao pre�o e �s condi��es de uso de cada plano, segundo Milton Kaoru Kashiwakura, diretor de Projetos Especiais e Desenvolvimento do N�cleo de Informa��o e Coordena��o do Ponto BR (NIC.br). A institui��o � o bra�o executivo do Comit� Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), respons�vel por coordenar as iniciativas e servi�os da internet no pa�s. Isso, porque, diferentemente dos planos de banda larga fixa, os voltados para internet m�vel t�m anunciado a ado��o de tempo de uso limitado, apesar de os pre�os de ambos estarem em patamares pr�ximos.
“A franquia deveria ser melhor calculada. � importante saber qual o limite de uso do plano. Em alguns planos, com a conex�o a 1 megabyte por segundo (1 Mb/s), o usu�rio s� pode usar 30 minutos de internet por m�s”. Uma sa�da para as operadoras melhorarem a qualidade do servi�o e, logo, os indicadores apurados pela ag�ncia reguladora, � a expans�o dos pontos de conex�o wi-fi. Algumas empresas investem no sistema para aliviar a demanda pelo 3G. Al�m de ter um custo de implanta��o consideravelmente menor, o sinal do wi-fi permite ao usu�rio da operadora melhor conectividade e velocidade de conex�o. A Oi � a operadora com mais pontos, tendo mais de 700 mil em todo o pa�s.
Operadoras prometem melhorias
OI
At� o fim do terceiro trimestre de 2014, a Oi investiu R$ 4 bilh�es, visando � expans�o e melhoria da qualidade da rede m�vel (3G e 4G) e da rede fixa para servi�os de banda larga e TV paga. A operadora complementou sua cobertura de banda larga m�vel com o lan�amento da rede Oi WiFi, para proporcionar melhor experi�ncia de uso da internet m�vel aos seus clientes, complementando as estruturas 2G, 3G e 4G. Sobre os resultados da medi��o de qualidade de banda larga feita pela Anatel, a Oi esclarece que as situa��es em que as metas estipuladas n�o foram alcan�adas j� est�o mapeadas e passam por an�lise e tratamento cuidadoso pela companhia.
TIM
A TIM acompanha com aten��o a medi��o da banda larga m�vel realizada pela Anatel e est� focada na melhoria do servi�o em Minas Gerais e em todo o Brasil, para acompanhar o constante crescimento do tr�fego de dados. No entanto, a empresa entende que a atual metodologia adotada pela Entidade Aferidora da Qualidade (EAQ) deve evoluir e, inclusive, manifestou-se sobre o tema junto ao �rg�o regulador e � pr�pria entidade. Na avalia��o da operadora, o processo de medi��es por meio de dispositivos fixos instalados em pontos determinados n�o simula uma experi�ncia real de uso e pode gerar inconsist�ncias importantes no processo de coleta de dados e compara��o dos indicadores.
Vivo
A Telef�nica Vivo informa que seu desempenho evoluiu positivamente no cumprimento do plano de melhorias, apresentado � Anatel. Em Minas, de janeiro a agosto deste ano, a operadora superou todas as refer�ncias estabelecidas pela Anatel para taxa de conex�o de dados para a rede 3G, a qual concentra a maioria do volume de tr�fego de dados de acesso � internet. A companhia reitera que est� redobrando esfor�o para aprimoramento cont�nuo dos servi�os de internet m�vel. A Vivo det�m a melhor performance no �ndice de Desempenho de Atendimento da Anatel, ocupando o primeiro lugar entre as operadores com atua��o nacional.
CTBC
Na tecnologia 3G, mais apropriada � utiliza��o de conex�o de dados, o indicador apontado pela reportagem superou as exig�ncias estabelecidas em todos os meses de medi��o, de acordo com a CTBC. Entretanto, como parte da base de clientes da companhia ainda usa a rede GSM, h� um impacto na consolida��o desse indicador. A companhia informa, ainda, que investe continuamente na amplia��o da capacidade de suas esta��es e redes.
Claro
A Claro obteve desempenho de destaque nas �ltimas medi��es de qualidade de banda larga m�vel divulgadas pela Anatel, referente aos meses de julho, agosto e setembro, informou a empresa. A operadora foi a �nica, entre as quatro maiores empresas do setor, a cumprir as metas estabelecidas nos dois indicadores avaliados em todos os estados analisados durante o trimestre. A Claro anunciou investimento de R$ 6,3 bilh�es no pa�s – de 2012 a 2014 –, para expans�o de infraestrutura da rede, com o objetivo de garantir a qualidade dos servi�os prestados aos seus mais de 70 milh�es de clientes.