O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto, disse que seria "um exerc�cio imprudente fazer um progn�stico" sobre o desempenho da balan�a comercial esse ano e tra�ar uma meta de exporta��o.
Segundo ele, o MDIC poder� fazer essa avalia��o "mais adiante". "Mas tenho raz�es para acreditar que teremos um desempenho melhor esse ano", disse nesta quarta-feira. O ministro afirmou que o c�mbio mais favor�vel, a retomada do crescimentos dos EUA, que j� foi uma locomotiva internacional, e d�ficit menor da chamada conta-petr�leo devem resultar em uma balan�a comercial melhor em 2015.
A conta-petr�leo teve desempenho negativo de US$ 20 bilh�es em 2013 e de US$ 16 bilh�es em 2014. "Nessa conta, teremos seguramente um resultado muito menos desfavor�vel para o Brasil por causa do pre�o (do petr�leo)", afirmou. Ele espera que a safra agr�cola maior tamb�m deve elevar o volume exportado de forma a compensar a queda nos pre�os das commodities. Segundo o ministro, a Vale deve exportar mais min�rio de ferro esse ano mesmo com a redu��o dos pre�os.
Monteiro Neto tamb�m evitou se comparar com o ex-ministro Luiz Fernando Furlan, do governo Lula, que ficou conhecido como caixeiro viajante por conta das v�rias miss�es comerciais que liderou. "Eu jamais serei o caixeiro viajante da qualidade do ministro Furlan. O minist�rio tem que ser um time, uma equipe. Acho que um ministro s� n�o pode fazer tudo sozinho, mas temos que construir uma plataforma adequada", afirmou.
C�mbio
Em entrevista coletiva, Monteiro Neto afirmou que h� um movimento de aprecia��o do d�lar e desvaloriza��o de outras moedas. Na vis�o dele, com as mudan�as de pol�tica monet�ria nos EUA e diante das perspectivas globais, "temos no horizonte uma perspectiva de que o c�mbio flutue mais nos pr�ximos anos". "Acho que sem artificialismo, por conta da mudan�a monet�ria nos EUA, vai haver flutua��o cambial", afirmou.
Financiamento das exporta��es
Monteiro Neto, evitou dar detalhes sobre o plano nacional de exporta��o, que ele adiantou que ir� anunciar nos pr�ximos dias. Ele afirmou, entretanto, que � necess�rio melhorar o financiamento das exporta��es e sugeriu, ainda, um ajuste no Reintegra, que teria pequeno impacto fiscal. "Vamos fazer o plano e apresentar a outras �reas do governo. Eu n�o posso sair por a� dizendo que vou fazer tudo", afirmou.
Monteiro afirmou que ir�, num prazo curto, delinear um plano consistente, com medidas que devem incluir quest�es relacionadas ao financiamento. "Temos que melhorar (quest�o do financiamento), porque com os instrumentos existentes, mesmo com avan�o com fundos garantidores, temos problemas com garantia, seguro, e risco pol�tico em algumas �reas".
O novo ministro reconheceu que a tributa��o � "a �rea mais sens�vel" e citou poss�veis ajustes no Reintegra. "Se conseguirmos, por exemplo, tornar o Reintegra um instrumento mais operacional e, fazendo ajustes na calibragem do reintegra, podemos com um pequeno impacto fiscal fazer algo relevante para esse projeto de amplia��o das exporta��es". Ele citou, ainda, quest�es de simplifica��o, despacho aduaneiro e tempo de tr�nsito.