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Estado de Minas

Pre�os dos alimentos subiram 99,73% em 10 anos, diz IBGE


postado em 09/01/2015 13:07 / atualizado em 09/01/2015 15:31

Os pre�os dos alimentos j� subiram 99,73% nos �ltimos dez anos, muito acima da infla��o oficial no per�odo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma taxa de 69,34% de 2005 a 2014.

Os problemas clim�ticos e o aumento da demanda pressionam os pre�os de alimentos, segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de �ndices de Pre�os do IBGE. "(Esse aumento) Vem sendo atribu�do a problemas clim�ticos, �s mudan�as que v�m ocorrendo no clima e ao d�lar, que sempre permeia a agricultura. A seca, tem prejudicado as lavouras n�o s� no Brasil, mas no mundo todo. E tamb�m tem o aumento da demanda. Aqui no Brasil tem tido mais renda, mais emprego, e, consequentemente, mais procura por alimentos", justificou Eulina.


Nos �ltimos dez anos, os alimentos consumidos em casa subiram 86,59%. No entanto, a alta foi de 136,14% para os alimentos consumidos fora de casa. "� renda, � o aumento do emprego, as mulheres trabalhando mais fora de casa, a maior dificuldade de ter empregada. As pessoas est�o optando muitas vezes por comerem direto na rua", explicou Eulina. "E tem tamb�m a quest�o dos custos desses estabelecimentos, que � o pr�prio aumento dos pre�os dos alimentos, aumento do aluguel, os sal�rios aumentando al�m da infla��o, com ganhos reais. S�o v�rios custos que fazem esse grupamento ter aumento", completou.

O item refei��o fora aumentou 141,05% em dez anos, o empregado dom�stico subiu 181,89%, e o aluguel aumentou 100,49%. O IBGE calculou ainda a infla��o de servi�os no per�odo, que alcan�ou 107,56% em dez anos, e a de monitorados, com taxa de 50,41%.

Estiagem em 2014

A estiagem prolongada que afetou sobretudo a regi�o Sudeste do Pa�s em 2014 teve forte influ�ncia sobre a infla��o oficial no ano, segundo IBGE. O IPCA passou de 5,91% em 2013 para 6,41% em 2014 com impactos relevantes provenientes dos alimentos e da tarifa de energia el�trica. "A seca prejudicou tanto o abastecimento de energia quanto as lavouras", apontou Eulina.

As carnes, que t�m as pastagens prejudicadas pela estiagem, subiram 22,21% em 2014, um impacto de 0,55 ponto porcentual para a infla��o do ano. A refei��o fora de casa, cujo aumento foi de 9,96%, contribuiu com 0,50 ponto porcentual. E a tarifa de energia, com alta de 17,06%, acrescentou outros 0,46 ponto porcentual ao IPCA de 2014.

"A energia el�trica em 2015 deve ficar um pouco mais diferenciada, porque a caracter�stica do reajuste est� mudando. Neste ano o reajuste vai estar distribu�do. Esses reajustes que normalmente s�o feitos por contrato, eles levam em conta os custos das termel�tricas. Agora ele vai ser mais imediato", lembrou Eulina, ressaltando que j� em janeiro entra em vigor o sistema de bandeiras tarif�rias.

O sistema repasse ao consumidor na conta do m�s de refer�ncia o aumento do custo de gera��o pelo acionamento das t�rmicas. Em janeiro, a bandeira est� vermelha, devido �s dificuldades clim�ticas.

"Numa conta m�dia, a cada 100kw, voc� acrescenta R$ 3,00 � conta. A gente tem um consumidor padr�o. Vamos supor que � de 170kw, de consumo. Na bandeira vermelha, s�o R$ 3,00 a mais na conta, mais o proporcional pelos 70kw", explicou a coordenadora do IBGE.


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